O estado absoluto da incerteza nacional. Um mosaico de imagens sensoriais e subversivas. Um velho novo mundo que se abre diante dos olhos. O caos social e político sempre teimando em reinar por aqui. É preciso se libertar, embarcar no épico do terceiro mundo, no exagero, na alegoria, no aparato histórico, na representação barroca. As raízes do Brasil. O ponto culminante dos geniais devaneios de Glauber Rocha. Daqueles filmes que revelam novos significados e impressões a cada nova revisão.
Tem absolutamente tudo que me encanta e me enerva no cinema marginal. Entre observações valiosas sobre a terra , o povo e a colonização brasileira e uma vontade que beira o infantil em ser diferente e berrante Glauber entrega um filme duro de tragar e também preciso em sua divagação historico-filosófica.
Jornada alucinógena cheia de divagações estéticas mornas e sem encanto. Imagens que, ao mesmo tempo que evocam o caos, soam insípidas, frias, carentes de expressão. Uma narrativa desordenada através de fragmentos que falam muito e dizem pouco.
Há um certo charme na balbúrdia e no fluxo de desconexão insano.
Mas é maçante e a falta de narrativa não ajuda o belo visual.
O desperdício de elenco até se releva mas a repetição constante de qualquer frase não tem nenhuma função.