Sindicalista que vira mártir após "queima de arquivo". Soa familiar? Hollywood progressista sempre tentando pintar de heróis seus ativistas da esquerda e claro que concorreria ao Oscar, mesmo sendo um soap opera pobre. Depois veio Hoffa (1992), a mesma tática. No Brasil foi a Zuzu Angel (2006), cuja teoria da conspiração é idêntica a de Silkwood. Qualquer semelhança não é mera coincidência! Pior que os desavisados não fazem a mínima ideia que estão sendo manipulados. VHS, acervo, 26-12-2020.
Meryl brilha mais uma vez em um filme com um roteiro perdido e que não dá desenvolvimento aos seus outros personagens. O que compensa são algumas cenas de força pura!
Com um caso tão relevante em mãos, o filme de Mike Nichols nunca decola, com o roteiro perdendo tempo enfocando a vida pessoal de Silkwood, mas nunca aprofundando satisfatoriamente (os filhos entram e somem do filme). Quem segura a onda é Meryl Streep.
Atuações seguras, direção eficiente e trilha sonora adequada mantêm o interesse até o final irregular. O problema é o roteiro, que força no drama e não consegue ser consistente na sua teoria da conspiração.
Sempre me surpreende a força que Mike Nichols consegue transmitir nas relações humanas.Tudo fica tão marcante.
E Meryl nunca esteve tão linda como aqui.