Religiosidade e moral se confrontam com a crueldade humana e as incertezas divinas, revezando entre bem o mal, justiça e destino, numa obra rica em simbolismos e bela em sua mensagem final, principalmente. Um Bergman mais simples, porém ainda forte.
Bergman tece de forma brilhante um embate entre justiça divina e a do próprio homem. Perdão ou vingança? Os atos falam por si. E o que resta é o consolo à beira de uma fonte visando lavar os pecados.
É mais uma prova concreta de que Bergman sempre foi talentoso em espiar as agruras da condição humana, dessa vez, por meio de uma teia soturna de coincidências.