- Direção
- Masaki Kobayashi
- Roteiro:
- Shinobu Hashimoto (roteiro), Yasuhiko Takiguchi (romance)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Japão
- Duração:
- 128 minutos
Lupas (9)
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A tirania dos poderosos. A melancolia dos caídos e injustiçados. A morte como única liberdade possível. A mise-en-scène é quase espiritual, filmado como uma respiração calma que se eleva no momento certo. Tem o plano como referência, a simetria do enquadramento, o deslocar metódico da câmera, a música pontual, a natureza que irrompe no espaço, o deslocamento dos corpos, o fervor da espada. É movimento, pintura, a condição humana. Obra de um esteta minimalista em total conjunção com sua arte.
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Com calma, Kobayashi vai construindo o cenário de dilemas morais angustiantes. A honra e nas nossas crenças naquilo que é certo valem a vida? Até onde nós devemos e podemos ir em nome daquilo que acreditamos?
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O gancho do filme já demonstra a grande obra presente aqui, em uma belíssima cena, a câmera desfocada transita da espada para o close do samurai. Câmera esta que tem um papel bem expressivo com o uso de zoom in, que permeia o longa. É uma história que apresenta a ruptura com o peso da tradição, o peso da ordem e o peso das aparências; uma rebelião contra essas instituições e valores, que se utiliza de uma ousadia para criar um implícito discurso humanista no filme.
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O senso visual e estético de Kobayashi, ouso dizer, é de longe superior ao de Kurosawa, jamais diminuindo o poder imagético que Akira possuía. A sequência final nitidamente influenciou muito no cinema de Sergio Leone.
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13/08/16
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O clima denso e pesado do impasse perpassa a tela e bate na cara.Roteiro fantástico,direção ainda maior e uma luta honrada entre Mifune e Nakadai - genial. Todas as cenas do filmes são brilhantes,é uma atrás da outra,sem espaço para nada pequeno.
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Esse filmaço de Kobyashi é uma crescente de tensão, filmado em poucos cenários, mas com diálogos e atuações impressionantes, e que explode na meia hora final em sequências de ação inesquecíveis. Perde por pouco (muito pouco mesmo) pra "Harakiri".
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Um papel que no começo desfaz o mito Toshiro Mifune, um marido quase pau mandado em tempos pacíficos, mas prova o grande ator que ele era. Romance com grande importância histórica.
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Uma direção mais comportada de Kobayashi; vale a pena pelo encontro dos gigantes Mifune e Nakadai.