Lupas (22)

Sam Peckinpah era um homem amargurado. Warren Oates é a personificação de tanto amargor. Juntos eles constroem uma balada dos desgraçados, um convite a tristeza que permeia a alma humana. É a desilusão da mera existência, cheiro do fracasso, inevitável cortejar do abismo. Desajustados lutando por um lugar em um mundo que não os quer.

Sem palavras.

A cabeça de Alfredo Garcia vale muito mais que 1 milhão, na verdade o que sua recompensa compra jamais haverá preço a se pagar. Para Bennie ela simboliza a esperança de uma vida melhor, mas acima de tudo, ela simboliza o amor que ele perdera para sempre.

Explosivo e simplista.

Ponto de partida atraente, desenvolvimento enfadonho. A trama de perseguição não engrena e alguns momentos, como o romance de um dos bandidos, parecem estar ali só para encher linguiça.

Peckinpah e sua admirável forma de filmar a violência. Tragam-me o coração de Elita.

Este filme é o supra-sumo do western, sanguinolento e um roteiro primoroso. Tem algumas cenas aí que são memoráveis. Bom demais, cinema da mais lata qualidade. Lado a lado com "Meu ódio será sua herança".

Somente Peckinpah poderia incluir um romance tão melancólico em um universo sujo e violento como o de Traga-me a Cabeça de Alfredo Garcia.

É uma jornada rumo ao mais baixo, ao propriamente dito extremo das condições. O desdobrar dos acontecimentos, a insatisfação dos resultados, as consequências dos ocorreres, a angústia do espectador e muita, muita violência em prol da cobiça.

18/12/10

Emergindo do horror, da degradação e violência, é que surge a poesia de Peckinpah sobre a vida ser um constante perigo, uma estrada de incertezas e ruas sem saída, onde traçamos o inferno rumo a salvação, onde fazer o bem é o maior dos desafios.

Uma jornada chocante de violência, encabeçada pela mente de um personagem dúbio e complexo. Várias cenas vão ficar na memória.

A busca da cabeça que se transforma em uma história de amor entre dois personagens fora dos padrões, e que por sua vez se torna uma violenta, brutal e trágica história de vingança por um homem que esconde um turbilhão de sentimentos sob os óculos escuros

Historia de amor, brutal.

Após um primeiro ato morno, de uma busca enfadonha pela cabeça do tal Alfredo Garcia, a narrativa explode e toma contornos eletrizantes e furiosos em seu segundo ato. O clímax nos 10 minutos finais é pura poesia escrita em letras de sangue.

Um filme realista, triste, violento, machista e vibrante. Esses são apenas alguns adjetivos que podem descrever essa grande jornada de Peckinpah, através de sua peculiar visão de mundo.

Selvagem!

bem cansativo.

Desenvolvimento é tudo nos filmes de Peckinpah, assim como em Sob o Dominio do Medo, a primeira parte do filme é de construção de todos os eventos que culminarão no final eletrizante, nos envolvemos facilmente com o protagonista e entendemos sua atitude.

Clichês possui muitos, mas fica valendo