Lupas (32)

Fascismo com verniz "humanista". E Cronenberg tentando ser comercial consegue ser ainda mais tosco que a sua tosqueira habitual.

"If you could go back in time to Germany, before Hitler came to power, knowing what you know now, would you kill him?"

Tem seus problemas de estrutura, muito episódico e parece uma série de TV. Fora isso é Cronenberg mostrando toda sua capacidade de direção para criar um clima tenso que envolve o filme inteiro. Walken - melhor ator da sua geração - tambem contribui muito

Cronenberg e Stephen King deveriam se encontrar ao menos uma vez na historia da existência.

Mais uma boa história do Stephen King adaptada de maneira correta para o cinema, ainda assim a história me pareceu longa demais, algo que dá mais certo em episodio de uma série de TV, que aconteceu depois.

Não tem aquela ''sutileza'' que se espera de um filme assinado por David Cronenberg, mas é interessante a sua maneira. Com certeza é uma das melhores adaptações de Stephen King (O que não quer dizer nada). Christopher Walken merece créditos também!

Walken arrazando no papel principal e Cronenberg utilizando toda sua habilidade para adaptar Stephen King só poderia resultar num filmão como The Dead Zone.

À exemplo de Kubrick, Cronenberg também parece ir além do mero suspense sufocante, construindo subliminarmente todo uma "visão" degradante sobre os 3 principais pilares do poder político americano: o medo (Dodd), a alienação (Chris) e guerra (Stillson).

Divertido e com alguns poucos bons momentos nos quais sobressai o talento do diretor.

Técnica: 10 Lógica artística: 8.5 Lógica científica: 8.5 Nota: 9.0

Como não poderia deixar de ser, é um suspense magistral orquestrado pela direção de Cronenberg, numa tensão que só tem a contribuir com a história se desenvolvendo em torno da alteração de destino, das perguntas sem resposta e do dom que implica em morte.

Filme seco e que vai diretamente ao ponto - rápido demais. David consegue extrair da premissa interessante e do individual boas situações (em especial a última, que evoca o lado social e crítico). Só faltou um arco maior.