A primeira parte é boa demais, aquela intriga e as visões bem conhecidas que geram aquele fascínio. Mas após as trevas descerem e Antônio causar a revolta perde um pouco de força, há menos depois (fora a presença divina de Gielgud).
A condução de Mankiewicz não tem a criatividade visual de Olivier, mas é bem sucedida em 'destreatalizar' a encenação mantendo a força do texto shakespeareano, interpretado por grandes atores. Gielgud e Mason fantásticos. Ah, e Brando é coadjuvante aqui.
O filme vale pelo memorável discurso de Marlon Brando como Marco Antônio, fora isso, é cansativo e teatral demais para o meu gosto, embora este seja o propósito da obra.
Uma peça literária filmada: diálogos excessivos, atuações teatrais, quase não há ação, muito papo furado pra pouco filme. Somente algumas passagens inspiradas extraídas do texto de Shakespeare e a performance de Marlon Brando salvam a obra do desastre.