Lupas (10)

Filme com bastante impacto cultural nos EUA. Até hoje eles usam muito o termo "gaslight" pra quando alguém está tentando meter o louco, principalmente no campo político. Ingrid Bergman maravilhosa. Só acho que podiam ter cortado o personagem daquela velhinha chata na edição.

Aquele melodrama com toques de suspense e investigação que prende do começo ao fim. Em grande parte, pela ótima atuação de Bergman, no limite da insanidade com os perversos jogos psicológicos do marido, um crápula de ações calculadas. O uso da penumbra, anunciada no título, também é um recurso eficiente ao longo da narrativa.

Não há um equilíbrio entre a investigação e o processo de abuso psicológico e loucura (esse último mais interessante), e o desfecho é bem óbvio sendo até anticlimático.

Apesar da afetada interpretação de Boyer, a atmosfera, a fotografia e o embate psicológico compensam . Filmaço.

Gostei do "clima" do filme, mas a protagonista poderia ser melhor trabalhada.

Acho exagerado pelo plano do falsário agir tão simplesmente na mulher - mesmo que muitas fossem fracas segundo as obras da época. Ótimo ainda assim. Talvez caísse bem um certo mistério, deixando no início uma ponta de dúvida sobre as atitudes do marido.

Um filme sombrio, escuro, nebuloso com um roteiro bem amarrado ainda que seja bastante previsível. Mas o que importa em à Meia Luz não parece ser a surpresa e sim a deterioração e o embate psicológico de seus personagens. Mais um ótimo filme noir para não

À Meia Luz pode ser visto como um jogo de sanidade e loucura entre o casal protagonista. Esse confronto se expressa não apenas no duelo entre os dois grandes atores, mas também numa série de fortes contrastes: sombra/ luz, noite/dia, neblina/transparência

10/07/09

Na pior década da história do cinema, Gaslight se mostra como um filme muito bom, com seus exageros, mas com uma história claustrofóbica e interessante.