Cinema de alto nível, gruda a atenção desde o primeiro momento. Inteligente e bem-feito, cheio de detalhes lógicos.
Envolvente e empolgante, tensão no ar crescente a cada minuto que passa.
E que elenco bão! Audrey é sempre uma maravilha, Crenna era muito bom.
Roteiro situado em praticamente um espaço, por si só, já vale a intenção. Quando bem executado então vale muito a experiência. A boa direção de Young aparece mais quando temos o embate entre Susy(Hepburn) e Harry Roat(Arkin). Porque além de contar com duas boas atuações, a aparente fragilidade de Susy é colocada à prova em cenas quase sem iluminação e a bela fotografia de Charles Lang valoriza esses momentos. Um início arrastado e melodramas da época atrapalham, mas o saldo ainda é bem positivo.
O início um tanto confuso é superado pelo jogo tenso que se desenvolve entre vítima e algozes. Hepburn imprime suavidade e esperteza à sua protagonista apoiada em um roteiro crível.
Audrey consegue evitar o fiasco total do roteiro mirabolante (Por que tanto "zelo" com a boneca desconhecida? Bastava entregar e se safar!) com uma atuação eficiente. Mas o final totalmente equivocado afunda de vez filme.
O terror psicológico nos enclausura junto com a protagonista em seu apartamento e muitas das vezes há um Q europeu naquela atmosfera. Apesar de uma Hepburn uma nota acima, o balanço final é excelente.