Alegoria de um país (Alemanha) que se entrega ao novo poder em vigor (nazistas) para atingir seus próprios ganhos pessoais. Como diz o protagonista: "Sou apenas um ator, o que querem de mim?". Velha máxima daqueles que se vendem por ambição, poder e medo.
"Eu sou só um ator". Essas palavras ilustram bem as tensões enfrentadas por esse personagem muito bem construído por Brandauer. Uma pena que a justaposição de cenas picotadas (e que se repete sempre) tornaram a experiência mais enfadonha do que deveria.
Ironia do início ao fim. Hoefgen (em uma atuação atormentada de Brandauer) conhecerá o sucesso interpretando o sedutor Mephisto. Mal sabe ele que, na peça de sua vida, não resta nenhum outro personagem senão um Fausto corrompido pelas luzes da ribalta...