Beat Takeshi e seu domínio absoluto da linguagem, com sequências singelas, verdadeiras e apaixonantes. A jornada é de um fascínio inexplicável, e os olhares dispensam palavras. Os sonhos de Masao são representados por uma sensibilidade indescritível.
Filme todo redondinho, simples, que tenta comover e transmitir no final uma mensagem digna e Kitano consegue realizar tudo isso de maneira correta, com alguma honestidade e algum bom humor. Não há todavia, nada de novo, na jornada de amizade improvável.
Kitano entrega uma obra pequena, singela, de rara beleza e com um apuro técnico muito tocante, auxiliado pela maravilhosa trilha de Joe Hisaishi. Um filme muito doce que remete inclusive à sensibilidade de um Hayao Miyazaki.