Lupas (11)

A ambiguidade resultante de um trauma fruto da opressão. Trabalho menor de Polanski, interessante ainda assim em diversos aspectos, principalmente no desenvolvimento e expansão dos conflitos internos dos personagens. O espaço físico acaba encurralando o espectador diante da dúvida e culmina em um doloroso fim.

Vale pelo último discurso de Kingsley que é brilhante.

Tour de force do trio central e uma direção firme de Polanski, que não deixa força do texto cair em nenhum momento. Mais um grande exemplar da filmografia do cineasta, recheada de ambiguidade, tensão e personagens ricos e complexos.

É, tranquilamente, um dos melhores textos que Polanski resolveu trabalhar. Argumento poderosíssimo.

Polanski faz um filme claustrofóbico (planos fechados e se passa em um único ambiente) de tensão psicológica e personagens ambíguos que prendem até o final.

11/11/95

Polanski e sua especialidade em filmar em cenários pequenos e claustrofóbicos, fazendo a tensão crescer a cada minuto. Brilhante, pra variar.

Interessante pra cacete, constrói a história com calma, vai revelando aos poucos, sem perder o ritmo nenhuma vez. Brilhante como não foi cravada nenhuma certeza e a ambiguidade se manteve até o fim. Outro ponto notável é a beleza visual, impressionante, sendo os únicos cenários um casebre de praia e um promontório chuvoso. Trabalho de iluminação incrível.

A Morte e a Donzela é um filme redondo. As atuações são excelentes. O roteiro, sustentado nas incertezas e em um conflito psicológico de grande poder dramático, mantém a tensão até o fim. Mas faltam grandes planos e sequências. Não provoca estesia.

Coisa de gênio. Polanski entrega aqui um de seus melhores filmes, com atuação brilhante da Sigourney Weaver.

História simples, mas com um roteiro bem construído e com três atuações magistrais. Polanski sabe mesmo como criar tensão com uma trama que se passa praticamente toda dentro de apenas um só cenário.