- Direção
- John Cassavetes
- Roteiro:
- John Cassavetes
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Estados Unidos
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 155 minutos
- Prêmios:
- 47° Oscar - 1975, 32° Globo de Ouro - 1975
Lupas (30)
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Filme quente, explosivo, desconcertante. A câmera aprimora a encenação ao limite da fúria, é testemunha da tragédia, provocação do caos. Dá para sentir o sufocamento da protagonista, o mal-estar se instalando, o ambiente opressivo, a cobrança, a violência de uma sociedade refém das próprias mentiras. Não é loucura, é insensibilidade do meio, falta de comunicação, receio do diferente. Presença soberba de Gena Rowlands. Realização impressionante de John Cassavetes.
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Apenas a estupenda interpretação da Gena Rowlands não segura todas as petecas do filme, apesar da técnica de Cassavetes parecer nos levar a um realismo extremo algumas situações carecem exatamente disto: ser verossímeis.
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Apesar da personagem irritante de Gena (muito caricata e artificial, gestos demais) tem uma força absurda, principalmente quando entendemos que a mulher é caso de hospício. Impossível ter convivência, deixar filhos nas mãos de uma pessoa sem o menor indício de sanidade. As sequências de discussões, com gritos e raiva pulsando, são incríveis. Isso não existe mais no cinema.
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Constrangedor...
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Cassavetes conduz brilhantemente as cenas ao seu estilo e dá o espaço necessário para as gigantes atuações de Peter Falk e principalmente Gena Rowlands. Toda relação entre a mãe com problemas emocionais, o pai bruto distante que não sabe lidar com essa situação e as pobres crianças no meio disso tudo chega a ser chocante.
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Cassavetes tem um estilo de direção e um tratamento de personagens bem desengonçado, o que, em vez de deixar o filme com uma forma cool ou fornecer alguma densidade a história, acaba tornando a obra apenas bem enfadonho e constrangedor. Se trata de um estudo de personagem muito mal construído; autêntico, mas sem a menor delicadeza.
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Um grande solo de Gena Rowlands(numa entrega impressionante e realista).
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Não é fácil julgar esse filme... só posso dizer que o filme não me sensibilizou. A atriz principal não me convenceu. A estória não me tocou. Faltou empatia e eu não via a hora d'o filme acabar : (
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Uma das obras-primas de Cassavetes, um dos melhores filmes da Nova Hollywood e a comprovação absoluta de que Gena Rowlands é a maior atriz de todos os tempos do cinema.
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Sufocante.
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A Atuação de Rowlands é absurda porém o roteiro nem tanto. Uma trama demasiadamente simples e sem muito a questionar. Apesar da direção agradável de Cassavetes e sua pegada realista falta plot e desenvolvimento.
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Bela personagem feminina que em sua loucura desconstrói diversos tabus, inclusive no feminismo. Do lar, bela, mãe, feminina e anárquica. Pesa a mão no naturalismo e na excentricidade, não só com Mabel, mas excessos a parte é um filme que não passa ileso.
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Gena Rowlands tá incorporada. O mais próximo que uma encenação pode chegar de um personagem cheio de distúrbios. Tudo muito crível e devastador. Cassavetes vai a fundo nas relações familiares pra extrair o significado do companheirismo, amor e tolerância
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Só pude perceber ao final o quanto eu estava preso ao filme, quando me dei conta de que estava acabando e eu desejava mais alguns minutos, horas dessa relação. A construção simplista de Cassavetes é brilhante e linda que encanta nas mais variadas formas.
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Forte como poucos, a câmera de Cassavetes parece uma arma apontada para o espectador.
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Pouca grana e muito talento
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Tem todo um jeitão indie, mas a filmagem é inteligente e logo mostra a diferença do cinema de Cassavettes. Gene Rowlands e Peter Falk estão magníficos. A segunda metade alcança uma intensidade dramática inimaginável.
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Cassavetes mostrando inteligência em seu trabalho de direção, dando enorme complexidade ao seus personagens, contando com sua musa, Gena Rowlands, em uma atuação perfeita. Obra-prima simplesmente essencial para o cinemão independente!
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11/06/11
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Rowlands engole tudo à sua volta na pele de uma mulher destruidora e destruída em um mergulho na angústia humana que pode ter qualquer face. Se chegar até o fim da narrativa é penoso, isso vem tão somente de sua premissa opressora.