Lupas (36)

Talvez por uma questão de marketing alguns se decepcionam por não ser um filme que cause medo ou tenha uma atmosfera pesada de terror. Mas da forma que vejo é um filme muito mais próximo de Close Encounters do que de qualquer Terror de Tobe Hooper. O roteiro de Spielberg realmente grita da tela, para o bem ou para o mal.

Difícillimo para a audiência dos anos 2020 comprar a proposta de terror apresentada aqui. Os efeitos especiais são escancarados, as atuações, rasas, e nenhuma cena chega perto de causar susto ou algum nível de apreensão. Está mais para uma comédia involuntária.

O medo nunca vir poderia não ser um problema se viesse algum suspense ou algo de tenso que realmente funcionasse pra valer. Muitas cenas são cômicas sem a intenção de ser, embora a comedia do filme funcione até que bem. A critica ao consumismo não é nada muito profundo ou trabalhado. Poderia ser muito mais, mas para ver com amigos ou família é engraçadinho até. Nada para se levar muito a sério.

É bom, mas não é nada excepcional. Para a época, deve ter sido um pouco maior só.

Excelente para quem não gosta de filme de terror (porque daí não passa medo).

Combinação Hooper + Spielberg não impacta em um grande filme como poderia, o terror passado aqui fica bem tosco quando olhamos hoje. Tirando isso, podemos olhar como uma ficção sobrenatural em que passa uma mensagem sobre os efeitos dos loteamentos a rodo numa cidade sem o devido respeito e atenção ao passado. Só que é pouco, bem pouco pra fazer validar seu status de clássico. Os bastidores são realmente o que mais aterroriza e interessa.

O teste do tempo pode não ter feito bem aos efeitos, o que é natural, mas Poltergeist continua um clássico na sua fantasia e suspense, ainda que não aterrorize ninguém.

O fundo familiar (bem Spielberg) e o eventual gore (bem Hooper), especialmente quando juntos no insano clímax, salvam o filme, cuja abordagem cartunesca da assombração não combina com o excesso e o tom das explanações. O recalque com a TV também agrega.

09/06/2018

Um dos filmes de terror mais originais e icônicos dos anos 80. O clima familiar de Spielberg somado a tensão extrema de Hooper fazem de Poltergeist uma experiência atmosférica, assustadora e envolvente, com personagens carismáticos e bem construídos. A trilha de Jerry Goldsmith é de uma beleza ímpar e reforça o clima opressivo e sobrenatural da obra com sucesso. A crítica à exploração capitalista imobiliária e à alienação televisiva, além da parte técnica exemplar, merecem destaque também.

Bom clássico do terror,mas está datado.

A alguns anos atrás eu achei esse filme muito bom e assustador, tem bons momentos de suspense e sem dúvida é melhor do que a regravação de 2015.

Heather deixou seu legado nessa obra tão bem produzida para a época que me causa arrepios até hoje.

Divididos (nem tanto) entre o assustar e o fascinar, Spielberg e Hooper optam, claro, pelo tom mais divertido, mais família possível, querendo saber só do lado "castelo de horrores" da história. Pena.

Não faz o meu estilo de cinema mas é agradável, tem bom ritmo e queira ou não tem uma crítica à televisão. Cumpre seu objetivo como entretenimento raso e esquecível e é isso. Segue.

Vi tantas vezes na TV aberta que acabou tendo um valor bastante afetivo, mas, apesar disso, conta com uma ótima construção de atmosfera e aquele charme típico de filmes de terror oitentistas.

Muito Spielberg, pouco Hooper. Não surpreende que tenha tido essa controvérsia.

O dito ícone dos filmes de terror atuais é um trabalho voltado mais para o drama do que ao seu respectivo gênero. Regular e bastante desinteressante.

Tecnicamente impecável (para a época). Mas o enredo é cansativo, principalmente com a "repetição" do evento quando parece que o filme já terminou.

Um dos melhores filmes de lugar mal assombrado já feito. Pode ser clichê, mas é repleto de cenas icônicas e deixa o espectador tenso do início ao fim.