A ausência da identidade própria. O permanente metamorfismo cênico. Vidas regradas a excesso de todos os tipos. Nada de ordem ou limite. Apenas ações e reações impulsivas. Enfim, uma vitrine estilizada de utopias conceptivas que te instiga furtivamente.
Parecia uma cópia irritante de Os Idiotas mas em meio a floreios audiovisuais (que agradam na maior parte do tempo) e reflexões filosóficas relevantes, A Concepção funciona bem e se mostra ainda mais denso (sem julgamentos) que o filme de Lars Von Trier.
O elenco,o tema é excelente e os ideais da concepção idem. Apenas a montagem atrapalha,ela e a narração em off desnecessária (vício maior do cinema do Brasil). Mesmo assim,brilhante.