Doinel é um dos personagens mais carismáticos do cinema. Embora não traga nada de novo como o primeiro da série, consegue deslumbrar (como em todo filme de Truffaut), com a ousadia temática e o retrato de um juventude libertária.
Não chega a ser brilhante, mas é um filme divertido e surpreendente se comparado ao que eu esperava (Doinel mudou muito e o filme segue caminho oposto do trilhado nas obras anteriores).
Deve ser uma façanha não simpatizar com a saga de Doinel e com o espírito livre e descompromissado do cinema de Truffaut.
Deve ser,eu não consigo imaginar isso.
Coitado do contribuinte francês, que precisou financiar DEZENAS de filmes do diretor escritos sobre si mesmo. É de um egocentrismo sem fim! Se o diretor não possuísse nível médio incompleto, até poderia ser "acusado" de intelectual por alguns...
Se você procura alguma conexão direta com o adolescente problemático de outrora, tome cuidado. Doinel cresceu. Sua cabeça se voltou para dilemas amorosos cômicos. Dito isso, Truffaut conseguiu transformar um provável fracasso em uma deliciosa transição.
Belos planos, compostos por Truffalt, embalam essa crônica do cotidiano! Doinel continua interessante, principalmente nós seus loucos momentos como detetive!