- Direção
- Samuel Fuller
- Roteiro:
- Samuel Fuller (escrito por)
- Gênero:
- Drama, Policial
- Origem:
- Estados Unidos
- Duração:
- 90 minutos
Lupas (17)
-
Obra-prima de Samuel Fuller, "O Beijo Amargo" é um filme desolador, visceral, anárquico. Retrato de uma sociedade doente, hipócrita, embevecida em um conto de fadas excludente e naufragado, olhos vendados para qualquer coisa que fuja ao seu interesse. Seu núcleo é a constatação da própria sordidez (quem define a moral dos moralista?). Resta seguir em frente, mesmo que nem o sonho valha mais a pena.
-
Uma pérola imperfeita, como as suas personagens. Fuller toca em diversas feridas nesse filme da maneira mais bela possível.
-
É soco no estômago e coronhada na nuca desde seu primeiro suspiro - extremamente condizente com a concepção fílmica do diretor -. Para Fuller o cinema é um campo de batalha.
-
Sendo "Dogville" meu filme favorito, fica difícil engolir aquela saída fácil e inúmeros momentos que excedem o limite da cafonice, ainda que bons momentos de direção e a soberba interpretação da protagonista tornem a experiência válida.
-
Fuller mistura noir com um melodrama desajustado, e sua ousada câmera registra igualmente bem devaneios sublimes e porradas terrenas. Mesmo com o amor distante, o caminho não acabou. Um ato de audácia, da protagonista e do cineasta.
-
Dos filmes mais indigestos que existem. Melhor personagem feminina da história, um punhado de grandes cenas também.
-
https://www.youtube.com/watch?v=43tkhimBR8M
-
O meu personagem feminino preferido no cinema. A verdadeira Super Fêmea. Genial do começo ao fim. Grandes cenas, força dramática, trilha sonora, uma ode a um ideal feminino defendido por Fuller. Violência, drama social, submundo, policiais, até cita Bauda
-
Por muitas vezes, viver é estar constantemente entre o real e o ilusório, entre a credulidade e a desconfiança. O que esperar desse mundo?
-
Filme violento e sensível, sempre jogando com a dualidade essência-aparência, em que a moral de uma cidade pacata pode ser bem mais terrível que a de uma prostituta.
-
24/08/13
-
É interessante que, com o tempo, O Beijo Amargo tenha adquirido o rótulo de filme noir. Ele foi feito muitos anos depois da época de ouro do estilo. A rigor, pouco há no longa-metragem de Samuel Fuller que evoque o gênero.
-
Tem uma história muito boa - marcante, forte, principalmente na parte final quando os desdobramentos pesados acontecem. No meio dela, há detalhes nos personagens - caso fossem mais trabalhados, seriam realmente diferenciados. Há uma queda de ritmo, um tempo morto considerável, no meio dele. Mas a ousadia ao colocar certos temas e palavras sendo ditas (diferente do cinema de estúdio grande recorrente da época) lhe faz especial.
-
Fuller cria o mais belos dos filmes (as crianças cantado no hospital é pra ficar de joelhos) e o destrói com uma telefonada na cabeça. Desbocado e poético como só ele - e talvez Reichenbach - sabiam ser.
-
MUITO irregular; uma produção praticamente amadora, roteiro imaturo e destrambelhado, que não consegue se decidir entre drama/romance/suspense, atuações canastronas, ou seja, típico Fuller.
-
Realmente, "tudo é rápido" na cidade retratada, inclusive as reviravoltas estapafúrdias do roteiro (serve de inspiração para novelas globais), cujo desfecho é um dos mais abruptos já vistos. Além disso, o elenco é péssimo e a montagem de dar pena.
-
O mundo da esperança, dos sonhos, da procura pela paz sendo destruído gradualmente pela fraqueza, pelo passado invasivo, pelos julgamentos e sujeira. São devaneios, cenas musicais, momentos de devastação, tudo compondo mais uma obra-prima Fulleriana.