Um registro do processo revolucionário, da história de exploração da América Latina, da terra irrigada com o suor e o sangue do povo Cubano. É também uma visão do andamento histórico no calor do momento, de um conceito romantizado da revolução. Interessante pensar em Cuba hoje, com o tempo se fazendo presente na história da ilha. E claro, as proezas técnicas de Mikhail Kalatozov merecem um destaque à parte. São planos-sequência absurdos, fotografia impressionante, encenação rigorosa. Clássico!
De um mérito estético tremendo enquanto Kalatozov passeia com sua câmera numa referência nítida ao cinema de Vertov dos anos 20, o cinema "verdade", onde o país é o personagem principal, com travellings emocionantes e uma construção fotográfica de primeiríssima qualidade. Todavia, por uma questão muito pessoal de discordância em especial ao último ato e sua temática pró-bélica inadmissível o resultado final não tenha me deixado em êxtase.
Projeto cubano-soviético rejeitado por público e crítica de seus países à época de seu lançamento, mas ressignificado ao longo do tempo por meio de um resgate cultural que o consagrou como relíquia de imenso valor histórico e artístico. Grandioso!
Reconstituição afetiva da revolução cubana com o velho estilo soviético de contar histórias de forma "oficial". É belíssimo, a câmera de Kalatozov, umas das mais livres que já vi, ressalta cada sentimento, compondo o personagem que é um só: o povo cubano.
Além de unilateral, desenvolve muito mal seu discurso, precisando recorrer à narração panfletária (até como retrato social é fraco). Mirabolâncias com a câmera e fotografia encantam (afinal, é um Kalatozov), mas na maioria das vezes 'tão lá só de enfeite.