O acontecimento deflagrador do conflito é retratado de forma um pouco confusa: uma piscada e já estamos diante do cara com o bebê. Além disso, fica difícil estabelecer empatia pelo protagonista, mesmo quando seu trauma é revelado quase na reta final. É um drama de mais potencial do que concretização.
Sabendo criar situações e conflitos, o filme caminha bem entre a técnica chamativa e o estudo de personagem com as menores nuances. Vai crescendo conforme a imprevisibilidade das suas escolhas.
Em países de terceiro mundo já vimos essa história várias vezes, mas é sempre bom enfatizar para nunca esquecer as mazelas da desigualdade. Hood aqui não cria nada demais, mas seu conto de redenção é bom.
Grande filme de favela, que além de mostrar o dia-a-dia de uma gangue, mostra também o lado humano de um bandido, sem julgar os seus atos como "justificáveis". Pessoas ruins não são vitimas, mas ainda tem chance de salvação...