O grande casamento lúdico entre "2001" de Kubrick e "8½" de Fellini, porém sem a dubiedade e a metalinguagem de tais títulos. E o final meio "Wall-e", meio incorruptível diante da melancolia... FILMAÇO!
É cansativo, mas Tarkovsky sabe, além de criar imagens fenomenais, ainda refletir sobre o homem procurando se expandir, imortalizar, mas ao mesmo tempo amedrontado pelo desconhecido, pelo subconsciente, por seu lado oculto, de ser dominado pelo abismo.
A personificação das memórias em prol do amor: "Solaris" retrata a ilusão e sua materialização de maneira onírica, lírica e consequentemente, linda. Tarkovsky muito próximo de Stanley Kubrick na composição de seus quadros e sons.
A ideia até quer é boa, mas a narrativa lenta e a falta de conteúdo prejudicam o andamento da obra e a tornam cansativa, dificultando o entedimento de toda filosofia que o autor tenta passar.
Solaris é olhar para se mesmo. A alma materializada. Dúvidas e medos confrontados. Ir fundo naquilo que você sempre possuiu mas desconhece totalmente a complexidade. Eis a benção. Eis a tortura. Eis o enigma. Eis algo além da compreensão humana.