- Direção
- Otto Preminger
- Roteiro:
- Wendell Mayes, John D. Voelker (romance)
- Gênero:
- Drama, Suspense
- Origem:
- Estados Unidos
- Duração:
- 160 minutos
- Prêmios:
- 17° Globo de Ouro - 1960, 32° Oscar - 1960
Lupas (25)
-
É impressionante o tempo narrativo construído por Otto Preminger. A câmera sempre encontra o melhor momento para estabelecer a ambiguidade dos rostos, a dualidade dos gestos, os olhares furtivos, os pequenos movimentos que encorpam ainda mais a ambivalência da história sendo contada. Não é exagero dizer que se trata de uma aula de mise en scène. Um filme que é filme por excelência.
-
- 305º filme de 2.022: visto em 21/08 (o terceiro filme em preto e branco do ano)... - Bom... - Apesar de ser estender um pouco mais do que o necessário, é um daqueles dramas de tribunal que prendem a atenção do início ao fim! O elenco é muito bom e está muito bem em cena, com destaque para a belíssima Lee Remick, num personagem ambígua, interessante, ousada e sensual (para época)! É um clássico que vale uma sessão...
-
O ritmo da narrativa é dinâmico, muito devido à montagem afiada, com a câmera pegando cada detalhe dos personagens: cada gesto, cada olhar, cada diálogo. Além da fluidez, isso faz a história fugir de maniqueísmos e gerar dúvidas, tornando o embate no tribunal muito tenso. Afinal, quem tinha razão jurídica (e/ou moral)? Detalhe para George C. Scott em atuação monstruosa!
-
Uma trabalho incrível e muito realista de um julgamento e tudo que o implica, do ponto de vista da defesa, agir pelo cliente sem questionamentos morais, e do lado da acusação e busca pela pena máxima a qualquer custo, o embate entre Stewart e C. Scott é hilario e um show de interpretação dos dois, além da ambiguidade do tenente e de sua esposa, que nos leva a questionar tudo do início ao fim, e mesmo com sua longa duração não nos deixa de envolver.
-
As pessoas não são boas ou más, elas são muitas coisas. Esse filme é muitas coisas. Um dos roteiros mais intrigantes já feitos, no ápice do exercício da sugestão. Falando muito e deixando ainda mais nas entrelinhas.
-
Batalhas jurídicas e de retórica, provas, testemunhas, personagens complexos e cheio de dubiedades, Preminger leva a trama de maneira sempre instigante, ainda que não muito surpreendente e se alonga um pouco mais do que o necessário.
-
Não é surpreendente como Testemunha de Acusação, nem envolvente como 12 Angry Men, nem relevante como O Vento Será Tua Herança e muito menos denso como O Julgamento de Nuremberg. Possui apenas um bom roteiro, que consegue se segurar na longa duração.
-
Atuações nebulosas e um acirrado duelo de argumentações dão o tom desse filme ágil e inteligente. O destaque fica para as extensas e muito bem exploradas cenas do julgamento, nas quais a indagação incessante e a dúvida permanente intrigam a cada segundo.
-
Não fosse suficiente só a ousadia temática e sua abordagem, ainda se tem a elegância de Preminger na observância dos corpos e do espaço e um elenco absurdo, encabeçado por Stewart, com Gazzara, Scott, Ramick e O'Connell que não se deixam esconder.
-
O roteiro não economiza na complexidade e dualidade de seus personagens, em constante questionamento moral voltado principalmente ao próprio espectador, colocado praticamente em posição de jurado. Belo duelo de atores e brilhante direção de Preminger.
-
Gasta muito bem seu tempo com uma investigação que sublinha questões atemporais: a essência humana segue a mesma.
-
Me senti no LA Noir e depois um membro do júri. Roteiro muito bem escrito que explora os pontos manipuláveis dum julgamento na lei americana, numa trama com personagens ricos, dúbios e de segundas intenções. Envelheceu pelo moralismo. E tem Duke Ellington
-
Muito bem construído, a dúvida paira no ar durante quase toda a projeção. James Stewart como sempre magnífico mas ao meu ver o grande foco que é possibilidade do espectador julgar se a reação do tenente era justificável ou não foi jogada para escanteio.
-
Que delícia ver James Stewart nessa grande canalhice em forma de filme de tribunal.
-
E mais uma vez James Stewart prova (pra mim) que foi o melhor ator de todos os tempos.
-
27/12/09
-
Condução perfeita, uma pena o final ter sido tão abrupto.
-
Técnica: 9.0 Arte: 8.5 Ciência: 9.0 Nota: 8.83
-
O gênero tribunal têm seu representante, junto com Doze Homens e Uma Sentença, Anatomia de Um Crime. O filme é ótimo, sem falhas da narrativa, o que faz da experiência de quase duas horas e quarenta minutos uma deliciosa sessão de cinema.
-
Como num romance policial a delícia intelectual junta com o suspense clínico a tornam luxuosa e magníficamente obtusa, diga-se de passagem.