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8,5
Média
104 votos
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Sua nota
Direção
Roteiro:
Yasujiro Ozu (roteiro), Kôgo Noda (roteiro), Kazuo Hirotsu (livro)
Gênero:
Origem:
Estreia:
31/12/1969
Duração:
108 minutos

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Lupas (16)

  • Yasujiro Ozu tinha um olhar apurado para filmar os dramas do cotidiano, as transformações do Japão no pós-guerra, o conflito de gerações, a poesia em curso na vida. 'Pai e Filha' coloca todas essas questões na tela, sempre com sensibilidade, humanismo e poesia. Nunca julgando, sempre com ternura, observando o curso infindável da existência. A simplicidade encantadora de quem domina com paixão o fazer de sua arte. Filme em estado de graça.

    Zacha Andreas Lima | Em 19 de Setembro de 2024 | NOTA: 9.0
  • Ozu tinha uma sensibilidade singular. Com muito sendo transmitido nos silêncios e entrelinhas, vemos uma relação terna se curvando a inevitabilidade do seu tempo, em que independência e conformismo oscilam por escolhas amargas. Amar é sofrer, ser feliz é se convencer.

    Guilherme Algon | Em 24 de Junho de 2020 | NOTA: 8.5
  • Pai e Filha talvez seja o ponto mais alto do cinema de Ozu em relação a opressão cultural e tradicional às mulheres. Toda a sequencia da cena onde Noriko começa a perceber que tudo terá de mudar e seu desespero contido é muito interessante.

    Bruno Ricardo de Souza Dias | Em 08 de Outubro de 2019 | NOTA: 7.5
  • O sorriso quase que onipresente da protagonista é a melhor forma de retratar o afeto que ela tem por seu pai, que se estende para um apego com aquela vida. Ela, presa a este mundo, resiste ao futuro e as mudanças; essas mudanças que não são um resultado espontâneo de sua vida, mas a imposição que as tradições japonesas exigem. Um ode ao presente, que, de forma abrupta, se perde como se fosse uma regra.

    César Barzine | Em 24 de Julho de 2019 | NOTA: 7.5
  • Na memória ficará a visão de felicidade de Ozu, da construção da felicidade nem sempre proeminente aos olhos e também a dualidade de sentimentos de seus personagens no limite entre dependência, amor e conceções.

    Eliezer Lugarini | Em 26 de Setembro de 2018 | NOTA: 8.0
  • Concessões e aceitações em meio a vácuos de geração.

    Lucas da Costa Simão | Em 16 de Agosto de 2016 | NOTA: 9.0
  • A visão singular de Ozu para a espacialidade em seus enquadramentos se reflete em sua abordagem temática, única por enxergar no cotidiano a mais pura introspecção. É um olhar diferenciado, é cinema contemplativo por excelência.

    Renato Abbt Keppe | Em 11 de Julho de 2016 | NOTA: 9.0
  • Quase absurdo como um radicalismo formal (em especial a câmera estática e os contra-plongées) podem ser instrumentos para se contar banalidades da vida de maneira tão enxuta e equilibrada. É tão lindo de maneira tão delicada que só vendo pra entender.

    Diego Henrique Silveira Damaso | Em 07 de Julho de 2016 | NOTA: 9.0
  • Marca o início da parceira com Noda, cinema família, cotidiano, de bons valores tradicionais do Ozu, e já comeca bem! Trata a relacão entre pai e filha como uma espécie de primeiro casamento. Belo retrato de costumes e de geracões, e um belo minimalismo.

    Josiel Oliveira | Em 07 de Abril de 2016 | NOTA: 8.5
  • 26/07/08

    Eduardo Scutari | Em 06 de Março de 2014 | NOTA: 9.0
  • Nos entrechos do cotidiano, reside a beleza do cinema de Ozu, um atento observador que chama à contemplação. O amor entre pai e filha visto com todas as suas sutilezas e um monólogo exemplar quase no final.

    Patrick Corrêa | Em 16 de Janeiro de 2014 | NOTA: 9.0
  • Uma das cenas finais que não se esquecem fácilmente, e resume quase todos os temas pertinentes e universais tratados por Ozu neste filme: amor, tempo, separação.

    Lucas do Carmo | Em 04 de Janeiro de 2014 | NOTA: 8.5
  • É por isso que todo filme onde é citada a palavra "família" bebe da filmografia de Ozu. Muito além disso, Ozu tirava a força da leveza de seus arcos dramáticos, leves e despretensiosos a ponto de flutuarem. Coisa de mestre.

    Douglas R. de Oliveira | Em 25 de Novembro de 2013 | NOTA: 9.5
  • O caminhar uniforme da narrativa favorece a catarse - ainda que implícita - através de detalhes singelos. Habilidade que requer perfeccionismo de mestre. Ozu era mestre. Resta-nos saber qual foi sua maior musa: Setsuko Hara ou a rotina.

    Paco Picopiedra | Em 11 de Fevereiro de 2013 | NOTA: 8.5
  • Filme simples e tocante. A personagem Noriko consegue sustentar todo o peso das relações e obrigações familiares com um olhar meio perdido, meio triste, e sempre um sorriso no rosto.

    Polastri | Em 20 de Agosto de 2011 | NOTA: 8.5
  • Acho que Ozu conseguiu fazer aqui sua primeira obra perfeita. Lindo!

    Carlos Vinícius | Em 31 de Dezembro de 1969 | NOTA: 10.0