- Direção
- Federico Fellini
- Roteiro:
- Federico Fellini (história e roteiro), Ennio Flaiano (história e roteiro), Tullio Pinelli (história e roteiro), Pier Paolo Pasolini (roteiro), Maria Molinari (romance)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 117 minutos
- Prêmios:
- 30° Oscar - 1958, 10° Festival de Cannes - 1957
Lupas (23)
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A realidade é cruel com os sonhadores. Mesmo assim grande parte da beleza da vida se encontra nos sonhos. Sim, tragédias acontecem, o mundo está repleto de desesperados, solitários, excluídos, mas sempre resta aquele fio de esperança, um sorriso no rosto. Fellini era grande, mas aqui todas as glórias estão com Giulietta Masina e sua presença, seu desfile pelo espaço, gestos, olhares, a pura expressão de seu rosto. Ela é uma coitada de cabeça erguida. Uma mulher de coração pulsante.
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Fellini produz uma melancolia única, tudo é pra ele uma festa dançante e celebratória e esse filme exemplifica esse espírito mais que qualquer um. Toda a tragédia, a feiura, a sujeira, é pra ele uma beleza amor-fatalista, a vida continua, e nós rimos assistindo
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Entre sonhos e medos, Cabotiã é o retrato não apenas da mulher que precisa sobreviver, mas também de uma pessoa simples, o substrato da camada social mais pobre, que lá no fundo ainda tem fé, ainda acredita na humanidade. O final, embora previsível, é de uma condução ímpar, e o resultado dói fundo no coração. Um belo retrato feminino emoldurado em uma Itália mergulhada nas desigualdades sociais.
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Esta é a fase do Fellini que mais aprecio. Sem Hermetismo. Fácil de ver e gostar. Grande Personagem!
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Revendo Cabíria hoje, chego a mesma conclusão do passado. Cabíria é uma personagem que não me agrada , não torço por ela, muito porque tudo que Cabíria deseja é sob um parâmetro de alcance pessoal. Ela quer se aproveitar do artista por status, da igreja para mudar de vida e a relação com o "marido" tem muito mais um cunho de alavancagem social do que de amor. Ou seja , dane-se Cabíria.
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Giulietta Masina é a alma do filme, com um desenvolvimento de personagem brilhante que serve como base para a condução melancólica e apaixonada de Fellini pela solidão, resiliência e força daqueles que pouco tem.
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Conta com ritmo agradável se tratando de Fellini, mas quem rouba a cena é Giulietta Masina, que brilha ao interpretar Cabíria e o sonho de muitas mulheres de reconhecimento social e amoroso através da figura masculina, pagando pela pureza e ingenuidade.
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Meu filme favorito do Fellini.
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O sorriso aliado as lágrimas da Cabíria no final é um dos grandes momentos do cinema.
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Não tem o desfile de figuras estranhas de outros Fellinis, mas tem Cabíria, uma personagem bem legal com seus desejos simples. Já não acho tão grandioso, como um dia. Dou mais valor a energia, intensa gritaria dos italianos - como a trova de putas na ru
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Entre supostos avanços e francos reveses, Cabiria não perde sua alma.
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Cabíria está na igreja, sua vela repentinamente se apaga. Ela a acende novamente e volta a rezar, agora, ainda mais fervorosamente. Dos momentos mais belos que o cinema já viu. Fora o final, que é puro sentimento.
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Um dos finais mais belos do cinema!
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07/11/05
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Masina sintetiza sua personagem numa cena. Como se não bastasse isso, a atriz nos brinda com uma das melhores atuações já vistas no Cinema. Para aplaudir de pé. Inesquecível!
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A velha história da puta redentora... Traz consigo aquela corrente de pensamento de que "dentro de toda puta, há uma santa esperando para acordar". Fora a ambiguidade moral da prostituta ingênua e romântica...
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Grande orquestra de Fellini em prol da vida e otimismo, clamando a trilha de Rota, as mulheres fogosas e o humor, o retrato social e os delírios exuberantes, e a puta como espelho do povão italiano, pobre, esperançoso, em busca de fé e uma vida melhor.
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as desventuras da vida são retratadas magistralmente neste filme, são traçadas em cima do espectador e do personagem central, ao qual ao longo do filme, cada vez mais nos apaixonamos.
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A velha história da pessoa sonhadora (aqui um tanto chatinha também) que é iludida das piores maneiras pela vida. Sempre comove, sempre emociona, sempre te dá raiva do mundo. E Fellini canaliza isto tudo muito bem em prol do sucesso do filme.
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A poesia descompromissada mais doce gravada por Fellini... Cabíria é uma personagem encantadora, devido em parte pela atuação magistral da brilhante Giulietta, musa do cineasta. Em suma, um FILMAÇO.