
- Direção
- Luis Buñuel
- Roteiro:
- Luis Buñuel (roteiro), Salvador Dalí (roteiro), Marquis de Sade (romance - não creditado)
- Gênero:
- Comédia, Drama
- Origem:
- França
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 60 minutos
Lupas (15)
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Transgressão, sátira e coragem. É preciso transgredir no mundo de hipócritas. É preciso ter coragem para ir além do óbvio. É preciso satirizar os castradores religiosos e burgueses. Mas também pode não ser nada disso. "A Idade do Ouro" é desprovido de um sentido único, uma lógica palpável, nasceu, portanto, infinito de sentidos, coeso em seu próprio desconjunto. É um filme porque precisa ser um filme. É Luis Buñuel porque o mundo precisava de Luis Buñuel.
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Interessante notar que nesse trabalho - além de outros atributos positivos - já teríamos o prelúdio para 'O Anjo Exterminador', e isso fica muito evidente na cena do garoto baleado no meio da rua e na reação dos participantes do evento na mansão. No mais, temos romance, guerra e religião torneando mais esse grande filme do diretor.
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A falta de sentido incomoda mas a ousadia de certas sequências surpreende. Há flashes eróticos chamativos que dizem bastante, colocar o desejo sexual em cena deve ter sido extremamente impactante na época. Pelo menos há uma história pequena pra seguir.
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Individualismo, prazer, culpa, sexo, religião, luxúria, burguesia, miséria, egoísmo, hipocrisia, pecado, materialismo e fé. Uma viagem delirante no incrível mundo de Buñuel, que aqui, se encontra em sua essência pura; surrealismo, críticas e provocações.
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Ficou apenas seis dias em exibição nos cinemas e foi retirado de cartaz após ser alvo de ataques e críticas de conservadores da época, tendo sido censurado pelo governo francês.
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Experimentação iconoclasta (sem consolidação estética Buñuel critica o status quo de forma um tanto inorgânica).
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31/12/07
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A invisibilidade das classes mais baixas perante a indiferença, o egoísmo e hipocrisia dos ricos, o amor carnal que é escondido e impedido de ser consumado e o absurdo da instituição religiosa são questões claras. Sobram incógnitas mas não falta deslumbre
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Pra que tentar entender/interpretar se já é absurdamente hilário do modo como está?
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Quem precisa de sentido quando se tem talento.
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De valor indescritível ao cinema, um pecado a obra não estar, praticamente nunca, entre as exaltações necessárias sobre a aurora do cinema, aqui interferindo muito mais na estética promissora da arte. Buñuel já começou querendo respeito!
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Eis o Surrealismo.
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Depois de "Um Cão Andaluz" o diretor ainda mantém cenas surrealísticas clássicas.
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Com sua mente inquieta, Buñuel estreou com este aqui no celuloide, mas não foi tão brilhante e fecundo quanto décadas mais tarde. As imagens em forma de quadros semiestáticos e difusos são um delírio por demais individual.
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Muito surrealismo para pouca história.