Num contexto neorealista, Buñuel discute a culpa em cima de uma criança de rua, adentrando inclusive no campo onírico e jogando seu olhar sobre a crueldade do ser humano, fortes características de sua obra.
O diretor justifica a barbárie apontando o dedo para a "sociedadde não progressista", caracterizada pela personagem "cega aos problemas sociais". Se não fosse pelo proselitismo ideológico chinfrim, seria um ótimo filme.
A pobreza e tudo que de ruim a cerca, somada ao mau-caratismo, é uma mistura explosiva. O diretor do reformatório tinha a solução: "Já pensou se pudéssemos trancar a miséria, em vez de crianças?" Mas não é tão simples assim... E o roteiro muito curto!