- Direção
- Lucrecia Martel
- Roteiro:
- Lucrecia Martel
- Gênero:
- Drama, Comédia
- Origem:
- Espanha, França, Argentina
- Duração:
- 103 minutos
Lupas (11)
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O fluxo de sensações em um recorte próprio de fragmentos da vida. A câmera se entrega ao deslocar letárgico de pessoas estagnadas, desiludidas, vivendo seu isolamento emocional como podem. A procura do íntimo por gestos e olhares. É um filme consciente de sua proposta. Um experimento das ações do corpo no espaço cênico. Uma prova inequívoca da sensibilidade e talento de Lucrecia Martel.
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Como o seio familiar pode ser poético nas suas trivialidades, mas acima de tudo nos seus pequenos caos disruptivos, potencializados aqui pelo clima quente do norte argentino e pelo ambiente natural e social circundante. A estranha fotografia, os efeitos sonoros e as atuações acentuam um clima meio perturbador, eventualmente entrecortado por situações do desabrochar da sexualidade juvenil. Perde-se um pouco no excesso de personagens.
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21/08/06 -Lucrécia Martel nos mostra um retrato dos relacionamentos familiares e suas dissoluções e o sentimento de culpa originado pela educação católica. Um filme tenso e reflexivo.
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A melancolia e angustia de uma família que afunda cada dia mais.
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A classe média latino-americana, através de duas famílias, poucas vezes foi mostrada com tanta liberdade e inspiração ao quadro real. Espécie de resumo enxuto, preciso e hipnótico do épico de 3 horas que poderia facilmente ser.
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Sudorese cinematográfica.
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Cinema do real, vivo, natural, semi documental, buscando família, sentimentos e instintos para montar seu quadro úmido, sexy e verossímil de seres humanos, adultos estagnados perdendo vida e a juventude a herdando, descobrindo o amor, corpo e sociedade.
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O enfadonho cotidiano do numeroso populacho de um pântano, em um lugarejo não identificado, com muita confersa fiada, festas, brigas, acidentes, etc... Tudo, é claro, sem qualquer organização lógica em um roteiro trabalhado.
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Martel cria de maneira bastante particular a vida de cada personagem daquelas famílias (embora sejam em número excessivo) e os relacionamentos entre eles, de maneira que a Virgem é um contraponto ousado e irônico em relação a tudo o que é mostrado.
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Poucos são os que sabem brincar tão bem com a expectativa.
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Teórico, realista, narrativo, fluido, sensorial, formal, político, social, crítico, imparcial, parcial, pessoal, universal, único. Tudo isso.