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- Direção
- Howard Hawks, Richard Rosson
- Roteiro:
- Armitage Trail (romance), Ben Hecht (roteiro), Fred Pasley (adaptação), Seton I. Miller (diálogo), John Lee Mahin (diálogo), W.R. Burnett (diálogo), Howard Hawks (não-creditado)
- Gênero:
- Drama, Policial
- Origem:
- Estados Unidos
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 93 minutos
Lupas (17)
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Violento e sujo para os padrões da época, "Scarface" é uma vertiginosa descida no abismo do sonho americano. A ideia do sucesso a qualquer preço que move os Estados Unidos. O fascínio pelas armas, o estado social doente, o dinheiro como força imbatível. Um banquete para quem quer conhecer a praga do homem e o fedor do submundo.
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Logo de cara, Hawks dá seu recado com todas as letras e coloca na tela seu protagonista detestável, um homem sem qualquer compromisso com a lealdade ou algum traço de compaixão. A guerra entre as gangues está declarada e só importa vencer, mesmo que seja necessário disparar tiros para todos os lados, atingindo quem for. Tem alguns exageros, tornando a versão de De Palma superior.
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Levando em consideração que o filme tem quase 90 anos, dá até pra ponderar suas falhas e atuação ainda muito mais teatral do que cinematográfica. Observamos também o início dos filmes de gangsteres, não economizando nas rajadas da lendária submetralhadora Thompson. A versão do De Palma de 1983 é bem diferente e infinitamente melhor. Cult, 12-07-2020.
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Cenas de tiroteios e perseguições muito avançadas para época. Tudo parece meio abrupto, mas nada que atrapalhe. Muito bom.
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Muito parecido com Inimigo Público, qualidades e falhas parecidas, mas sem Cagney.
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Não envelheceu muito bem, ainda que tenha personagens interessantes e um certo ritmo agradável, não classifico Scarface como uma obra inesquecível do cinema de gangster. Paul Muni está eficiente, mas não ao nível de O Fugitivo e nem ao nível de Al Pacino.
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Envelheceu um pouco pela ingenuidade do mundo gangster, mas que foi importante para a estética do gênero. Paul Muni merece destaque. O lance dos "X motifs" espalhados foi genial. Uma boa direção do Hawks e sem o excesso de diálogo que ele viria a ter.
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10/08/11
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Exaltar as inúmeras qualidades do roteiro seria como chover no molhado (que filme muito à frente de seu tempo!). Porém, mesmo assim, ainda há um "quê" de diamante bruto aqui - o qual viria a ser dilapidado extraordinariamente muitos anos mais tarde.
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O "timing" de Hawks é fantástico; difícil acreditar que este filme foi feito em 32, pois estava muito à frente de sua época. As cenas da perseguição de carros são simplesmente impressionantes. Um dos melhores filmes do cineasta.
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é impressionante como um filme de 1932 consegue ser tão lúcido e causar tantas emoções ao mesmo tempo.
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Howard Hawks e Paul Muni chutam bundas
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Apesar de ter algumas das cenas mais icônicas do cinema, é bem envelhecido em alguns aspectos, a refilmagem de Brian de Palma foi realmente justificada.
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Talvez fosse melhor deixar pela conta do próprio espectador perceber a denuncia, mas a mensagem logo de cara não atrapalha em nada, até por que ao longo do filme ela se faz eficaz. E Paul Muni esta genial.
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A história é bem contada, graças à montagem rápida e sem cenas desnecessárias, embora exagere um pouco na dramatização (o que era comum à época). Só faltou "apresentar" um pouco mais o personagem principal. Outra boa atuação de Muni.
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Toda a sequência final já valeria o status que o filme atingiu. Os diodos brilhantes proclamando "The World is Yours" é uma das coisas mais perfeitas do cinema americano.
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O desenvolvimento dos personagens se dá de forma açodada e superficial. Paul Muni não tem uma atuação que se possa chamar de inspirada e o final tem uns diálogos particularmente patéticos. É, sem dúvida, bastante inferior à versão de Brian de Palma.