Bazin lembra da ansiedade do público que assistia Os Vampiros e esperava os rolos de filme serem trocados entre um episódio e outro. Creio que essa semelhança com o que temos na cultura de séries hoje seja o maior reconhecimento que a obra possa ter.
Ao mesmo tempo que é um nítido exercício de paciência é um filmaço. Um roteiro gigantesco, arrebatado por diversos personagens e muitas reviravoltas. Obviamente é um tanto ingênuo mas muito complexo para a média de produções da época.
Excepcional ao se aproveitar da tensão entre o campo e o extracampo para a construção de boa parte de seu suspense. Fascinante por elaborar todo um código visual e verbal próprio, fazendo divertidos jogos com os símbolos e palavras da diegese.
Por si só um manifesto da vanguarda que o cinema ainda era considerado, numa duração justificada pela escala visionária que tanto o obtido, quanto sua importância artística, em mais de um século de história, fazem do filme uma joia em estado bruto.
Intricado,roteiro complexo (surprende o número de personagens) e com algumas técnicas que funcionariam por anos (uma ou outra até hoje).
O melhor filme do pré-cinema,o pioneirismo da época.
A parte técnica é apuradíssima (primorosa), considerando o cinema incipiente da época. No entanto, é muito longo e cansativo (mais para novela), principalmente para um filme mudo, o que salienta ainda mais as bobagens do roteiro.