- Direção
- F.W. Murnau
- Roteiro:
- Carl Mayer
- Gênero:
- Comédia, Drama
- Origem:
- Alemanha
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 77 minutos
Lupas (20)
-
Funcionaria um pouco melhor se fosse um média. A premissa acaba se esgotando e se esticando demasiadamente, e não há sequer intertítulos pra quebrar as passagens monótonas. Visto sob a ótica do seu tempo, entretanto, é um trabalho meticuloso de Murnau.
-
A vestimenta como símbolo e importância da identificação, do ser, e a angústia pela ausência dela. Lembra (muito!) o conto genial "O espelho", de Machado de Assis. De comédia esse filme não tem nada.
-
Considero o melhor filme de F.W. Murnau (o que não é pouca coisa, basta ver a obra do diretor). É delicado, impressionante, visionário. O Cinema mostrando seu valor como arte, como representação dos problemas da sociedade. Também um estudo das particularidades da natureza humana, do capitalismo, da posição social. Deixa uma pergunta: O que define a vida de um homem? Mesmo a surreal fabulação do epílogo tem grande valor. Por vezes a justiça parece viver apenas na ficção. Obra-prima!
-
A sequência do sonho é um dos grandes momentos do Expressionismo.
-
A desolação na face e na maneira de andar do colosso Emil Jannings ecoam a ruína de um homem que perdeu sua identidade e que resta entregue à humilhação. Jamais me esquecerei de seu verdadeiro final. A última gargalhada é pura farsa.
-
Fico me perguntando o que Murnau poderia fazer com um pouco mais de tecnologia nas mãos, mas talvez o charme de seus filmes seja justamente fazer muito com pouco. O epílogo, ainda que inserido de forma ácida e irônica, desfuncionaliza tudo que veio antes.
-
É grande referência em linguagem visual, com estilo de montagem e movimentos de câmera que garantem um olhar denso e imersivo na realidade do personagem. Só a história que tem pouco a oferecer, envelhecida e arrastada.
-
De enorme carga emocinal, executada brilhantemente. O epílogo é um belo dum 'va a merda' pra mutilação da arte feita por produtores mandões e estúdios em geral.
-
Curioso (com um grande Emil Jennings),com os bem-vindos exageros do expressionismo,retratando o desemprego de um velho como se fosse a desolação final - triste realidade da vida Nada grandioso no ritmo.Cansa muito mas o final feliz recompensa.
-
Esse filme foi mesmo feito em 1921?
-
O final dá até raiva, mas não diminui o poder imagético expressionista da atuação de Emil Jannings e das técnicas de câmera e luz de Murnau.
-
Interessante é que não tem nenhuma caixa de diálogo. Um drama forte cujo epílogo feliz e improvável reforça ainda mais o drama do proletário e o contraste das classes. Destaque para as cenas de delírio e embriaguez após o roubo.
-
O diretor insere um final alternativo, que apesar de parecer totalmente fora de propósito, acaba conseguindo nos confortar, ainda que de uma maneira estranha, pois sabemos que não estamos vendo o verdadeiro final da estória.
-
16/10/08
-
Integralmente cinema. (muitos dizem mal do epílogo, a primeira vista parece mesmo ridículo [imposição dos produtores?], mas se pensar na ironia que dele é sugerida o filme se torna ainda mais genial - e trágico.)
-
Técnica: 9.0 Arte: 9.0 Ciência: 8.5 Nota: 8.83
-
Pessoas simples, problemas universais e uma grande ironia.
-
A cena do porteiro tendo alucinações surreais de glória (hilario e tocante) resume bem o quão arrebatadora e irônicamente genial é essa tragicomédia inigualável de Murnau.
-
Um gênio do cinema sem dúvida, o modo como esse drama é dirigido é comovente!
-
Bastante sensível, porém tão exagerado no drama do envelhecimento (natural e comum a todo ser vivo), que o diretor não conseguiu dar uma conclusão dígna, já que o epílogo incoerente contrasta completamente com o restante do filme.