Lupas (7)

Diferenciado e longe do comum, interessante quando mostra a banalidade de mídia e jornalismo. Mas é irreal nas relações próximas, incomoda. O personagem imbecil é muito cansativo, fica chato, tira a graça. Melvyn Douglas está impressionante.

13/12/03 - Um filme que trata da humanidade, da influência do meio no ser humano, e a adaptação de uma pessoa diferente ao mundo imposto pela sociedade. Peter Sellers realiza sua atuação mais sensível e emocionante.

Notável crítica à alienação personificada com o talento habitual de Sellers. A longa duração, porém, faz a trama patinar em alguns momentos.

O roteiro se apóia em uma premissa em tom de fábula que em minha avaliação se tornou infactível. Crítica válida sobre a falta de discernimento da população e à aceitação indiscriminada de qualquer personagem de fama instantânea, porém tudo me soou falso.

Na América contemporânea de homens poderosos, pretensamente inteligentes, são todos involuntariamente enganados por um homem completamente alheio a tudo, no maior estado de pureza possível, e interpretado com maestria por Peter Sellers.

A desconcertante inocência...

Chance é o espelho da sociedade: alienado, com sentimentos indiferentes perante os próximos, não sabe ler, não sabe escrever, só sabe aquele ofício que lhe foi designado e ainda serve como veículo de manobras políticas.