- Direção
- Federico Fellini
- Roteiro:
- Federico Fellini (história / roteiro), Ennio Flaiano (história / roteiro), Tullio Pinelli (história / roteiro), Brunello Rondi (contribuição), Pier Paolo Pasolini (não-creditado)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 174 minutos
- Prêmios:
- 34° Oscar - 1962, 13° Festival de Cannes - 1960
Lupas (31)
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Em "A Doce Vida", Fellini procurou evocar a essência de uma época de grandes transformações na sociedade italiana. Era um período de efervescência, mas também de impasse, medo e insatisfação. Era toda uma amargura que se escondia na frivolidade. Um exotismo que brota do vazio. Isso ajuda a explicar o protagonista Marcello. Homem desamparado que se esconde na indiferença, que se afoga na própria mediocridade, que se entope com o grande nada da eterna burguesia decadente. Obra-prima!
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O filme começa e termina com Marcello não ouvindo/entendendo o que lhe estão dizendo, numa estilizada crítica a incomunicabilidade. Fellini registra o glamour e o desencanto de forma bela, sensorial e desesperançosa. Pra se sentir, absorver, vivenciar...
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Inegável que o cinema de Fellini é extremamente pessoal e filosófico. Aqui, o mesmo traça um panorama sobre a angustia e o vazio existencial do homem moderno( talvez sobre si mesmo), por meio da sociedade em volta de seu personagem principal, com suas paixões efêmeras e frivolidades da aristocracia local, ainda com tempo pra falar sobre outros pontos como religiosidade e relações paternais. Filme denso, longo, complexo e grandioso.
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Aquela merda que serve apenas para os intelectualoides inflarem o ego: "não gostou ou não entendeu o filme? É porque você não tem cultura, inteligência ou gosto apurado". E, na verdade, o filme é uma merda mesmo, aliás, uma porcaria sem nenhum sentido artístico. Falso, feito para idiotas que fingem parecer inteligentes e cultos atrás da sua estranheza e inocuidade. Se o roteiro de fato existe, nunca toma forma e parece até que não foi editado de tantas cenas inúteis. Cult, 20-01-2020.
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A primeira metade é ótima; belas sequências, boas reflexões e personagens bem construídos. Poderia ter terminado aí mesmo, pois depois Fellini desvia o filme para um caminho aleatório, com situações vagas e um desinteresse profundo. E Ekberg é muito gostosa.
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Um dos filmes mais irregulares que já vi. Alguns de seus episódios são geniais, outros nem tanto. Sem falar que a transição entre eles não é feita da melhor forma.
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15/01/03 -Um retrato da decadente sociedade romana, mostrando seu vazio e a maneira hedonista que as pessoas tentam extravasar suas frustrações. Festas, orgias e porres homéricos são mostrados no mais puro estilo felliniano.
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Meu prazer ao ver esse filme foi apreciar a cultura italiana. Mas o filme em si é CHATO. Com exceção de algumas poucas sequências...
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Ninguém me tira da cabeça que, na verdade, todo mundo dormiu assistindo a este filme, teve um sonho foda e o associou à projeção.
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Fellini foi precursor do cinema de arte fanfarrão que impregna o Óscar e alguns festivais. A Doce Vida já é um filme felliniano com momentos grandiosos em um todo problemático e menos pungente do que se supõe.
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A primeira parte é uma obra-prima que não é seguida no resto do filme. Um bom ensaio para "8 e 1/2".
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Vale pela crítica ao vazio que a burguesia artística viveria na ocasião (se é que isso ocorria). Vale pelo drama de Marcello ver isso e não conseguir mudar. Mas o filme é cansativo e sem conexões entre os episódios, prejudicando a história, se é que tem.
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O olhar de Fellini oscila entre a crítica a um modo de vida e a fascinação por Roma e por esse mesmo modo de vida. Resulta daí um dos grandes filmes do mestre italiano.
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Atuação perfeita de um jornalista angustiado, tentando encontrar-se no imenso vazio da sociedade italiana, ainda que regada a hedonismo, dinheiro e luxo. Cinema adulto de tirar o fôlego.
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'La Dolce Vita' contém momentos lindos e consegue despertar alguns sentimentos angustiantes sobre a vida, que remetem aos pensamentos existencialistas. Mas joga tudo isso fora quando introduz cenas ocas de significado e aprofundamento.
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Inquieto, inconstante e atemporal
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Filme de retratos belos, sequências lindas e filosofia de um homem, que com certeza assina a marca de Fellini.
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Carrego um implicância com Fellini de longa data. Desta feita optei por rever este clássico do cinema que fez furor em sua época por narrar um conto fragmentado, cheio de imoralidade que questiona os valores da sociedade midiática. Por fim, continuo à acreditar que Fellini não arquitetava bem suas idéias, se perdia e isto é nítido neste filme que tem seu valor mas nunca chega a levantar uma reflexão relevante sobre o tema.
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As graduais perda de esperança e desumanização dos sentimentos e angústias do homem são feitas de forma magestral por Federico Fellini. A última cena é simplesmente uma das mais significativas já filmadas. Um filme único sobre sedução e decadência.
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Clássico.