Um conto demasiadamente melancólico e poético. Coisa que só o antigo cinema italiano e poeta Valerio Zurlini poderiam realizar. Sem falar do trabalho brilhante de Marcello Mastroianni, um ator com A maiúsculo.
Desprezar aquele que você deveria amar; e se entristecer quando o desprezo se reflete de modo obscuro. O final, o choro, os rostos; tudo tão humano que é um convite a sempre refletir sobre desavenças e distâncias. A dialética dolorosa de sentimentos do cinema italiano.
A melancolia típica do Zurlini vai tomando conta aos poucos até que o espectador não consiga mais se desligar desta crônica triste, magoada, dolorosa e fria e saia deste filme com uma baita sensação de dor.
Emocionante, melancólico, verdadeiro, humano. Difícil não ser tomado pela explosão de sentimentos na tela. Com esse filme é impossível não pensar na presença de Zurlini no panteão dos grandes realizadores italianos. Ps: Composição absurda de Mastroianni.
Aborda os laços fraternos de maneira incrivelmente tocante, amparado pelas interpretações devastadoras de Mastroianni e Perrin. Da terra dos afetos explícitos, não se poderia esperar por menos.
A tentativa de reconstrução da memória como busca da própria identidade, a procura pela conexão para além do sangue, a idealização do pós vida e o afeto como redenção da mera sobrevivência. Grandiosas atuações.