Sem dúvidas, um épico poderoso. Romance afiado, personagens cativantes, fotografia belíssima, trilha-sonora à altura... Mas o melhor: conseguir manter um nível de desenvolvimento tão bom quanto esse durante seus mais de 200 minutos é coisa de mestre.
Grande épico, a história flui de maneira agradável e mesmo com suas quase três horas não chega cansar ou tirar o interesse pelo filme. Fotografia e musica esplêndida, mas isso é óbvio, afinal estamos falando de um filme de David Lean
O grande vilão do filme é o comunismo. Tão meloso e enjoativo quanto o tal "Tema de Lara" - Omar Sharif, mau ator, aqui está constrangedor. Filme menor de Lean, que fez coisa melhor, muito melhor, no início da carreira.
Épico de fato, carrega uma dimensão enorme em vários pontos.
A história é de alto nível, traz muita profundidade ao mostrar os tempos finais do czarismo e as consequências causadas por uma das maiores desgraças da humanidade - a terra arrasada que a implantação do socialismo literal causou.
Creio que nada é maior que sua trilha, que ganha muito com a repetição impressionante do Tema de Lara.
E devia ter ainda mais tempo, havia mais à mostrar.
Jivago divide opiniões. Críticos como Ebert e Kael odeiam. Scorsese, Spielberg, Leone, Peckinpah e Pollack o acham obra-prima. Aos primeiros, Lean disse: 'I wouldn't take the advice of a lot of so-called critics on how to shoot a close-up of a teapot.'