Kurosawa e sua paixão por samurais comparecem de novo, mas sem tanto brilho e despertando pouco interesse. O final malandro levanta o moral da história.
Kurosawa entrega outro bom filme de ação samurai até pela inexistência de ação desenfreada privilegiando a construção de personagem anti-herói e o humor nesse esquema pega-ratão um pouco confuso mas divertido.
Sempre impressiona a capacidade que Akira Kurosawa tem de construir suas histórias em torno da beleza estética (primazia da câmera), energia narrativa e certa atemporalidade dos temas. Mas acredito que quando se tem Toshiro Mifune tudo fica mais fácil!
A sequência do ótimo Yojimbo consegue ser ainda melhor que seu antecessor: a mise-en-scène é incrível e a cena final eleva o personagem Sanjuro Tsubaki a um patamar mítico.
Apesar da fama do primeiro episódio, Sanjuro consegue se sobressair a Yojimbo, com um roteiro menos truncado e um desenvolvimento de personagens superior, conferindo maior profundidade e verossimilhança à personagem de Mifune.
Nem melhor e nem menor que Yojimbo, e justamente por isso, é um filme tão bom quanto seu antecessor. Destaque para a excelente direção de fotografia e para o duelo final, que é uma cena de matar, literalmente.