- Direção
- Akira Kurosawa
- Roteiro:
- Shinobu Hashimoto, Ryuzo Kikushima, Akira Kurosawa, Hideo Oguni, William Shakespeare (peça)
- Gênero:
- Drama, Guerra, Suspense
- Origem:
- Japão
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 105 minutos
Lupas (13)
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Kurosawa realizou a melhor adaptação de Shakespeare para o cinema. Um filme com um visual esplêndido, planos e enquadramentos rebuscados, cenas que ficam na memória (encontro com a bruxa, chegada do ataúde, bosque), o impressionante uso da neblina como elemento fantasmagórico. Toda essa força imagética para contar uma história de ambição desmedida, do destino como tragédia implacável, de pessoas que escolhem navegar os mares da destruição. Mais uma obra-prima de um mestre absoluto do Cinema.
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Mais uma ótima adaptação que Kurosawa faz de Shakespeare o levando pro Japão feudal. Pode cansar um pouco, mas é bem pouca coisa. Toshiro Mifune e Isuzu Yamada em ótimas atuações. Tecnicamente é impecável. Filmaço.
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Acho q Kurosawa foi fiel demais à peça, e os tiques Shakespearianos ultrapassados (excesso de repetiçao, previsibilidade, dialogos ultraexpositivos) atrapalham o filme. Tem cenas brilhantes, mas, no geral, é cansativo mesmo pra um Kurosawa.
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Apenas mais um atestado da atemporalidade de Kurosawa. “Tudo é determinado – o começo assim como o fim – por forças as quais não temos nenhum controle.” - Albert Einsten.
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Kurosawa defende que o homem está destinado inevitavelmente ao erro comum da ganância exagerada na busca do poder. A névoa traz uma simbologia poderosa para aquele mundo cheio de misticismo e fé. Admiro e respeito o cinema de Kurosawa mas não adoro.
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Elementos da natureza sempre tiveram importância para Kurosawa, aqui a complexidade física (dificuldade de travessia, como um labirinto) e espiritual (um espírito tece fios da mesma forma que faz com o destino) da floresta é vital.
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Talvez o melhor filme do Kurosawa (ops Rashomon tá um pouco acima). Adaptação de mesmo nível da realizada pelo Welles, até pq não há as tradicionais barrigas e nem o espetáculo visual de sua fase posterior...
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02/02/09
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Ilustra com propriedade o ditado segundo o qual "quanto maior a altura, maior o tombo". Toshirô Mifune faz misérias como o obstinado Washizu.
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Escalando seu elenco habitual,Kurosawa transpõe Macbeth ao Japão Feudal,tem a boa sacada de não usar o texto literal e explorar bem o cerne da história. Ficou enxuto,firme e decidido. Visualmente impressionante.Cresce mesmo com Mifune e Naniwa em cena.
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Narrativa magnífica que mescla aspectos soturnos com o gênero jidaigeki (elemento deixado em segundo plano), além de contar com uma brilhante atuação de Toshirô Mifune. A direção de Kurosawa, por fim, casa perfeitamente com a tragédia Shakesperiana.
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A derradeira cena da chuvarada de flechas é de uma genialidade única , Kurosawa e mais uma Obra-Prima.
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Como todo filme de Kurosawa, a preocupação com a imagem se sobressai. São ótimas cenas (bem ensaiadas e bastante teatrais) e bela direção de arte, em detrimento de roteiro e diálogos mais elaborados. Ainda assim, cinema "oriental" para poucos...