Akira Kurosawa reforçou sua índole humanista ao lançar seu olhar sobre os excluídos da sociedade japonesa. O tom é de fábula, por vezes leve e reluzente, mas não se furta em mostrar os infortúnios do cotidiano dos personagens. São pessoas vivendo um estado constante de pobreza, exploração, abusos, solidão e fantasia. O filme acabou por ser um fracasso no Japão. As pessoas gostam de varrer certas verdades inconvenientes para debaixo do tapete.
07/02/09 -Mais um sensível e comovente filme do mestre Kurosawa. O filme retrata pessoas excluídas pela sociedade que como todos, têm seus sonhos, suas necessidades e seus dramas.
Quanto a um mestre do porte de Kurosawa, as expectativas tendem a ser bem altas. E qual não foi a surpresa negativa diante de uma coletânea de histórias em que a miséria financeira e sentimental são analisadas em um ritmo tão arrastado...
Do-des-kaden! Do-des-kaden! É a avassaladora locomotiva da imaginação em meio à miséria. O mais terno e afável Kurosawa é um mosaico de dramas e cores impressionantes.