A hipocrisia da alta sociedade parisiense subvertida por um mauricinho entediado e por uma jovem desbocada, a qual não conseguiram alienar por completo, afinal de contas. Ser narrado pelo velho safado de Chevalier é a cereja de cinismo do bolo.
O visual de grande beleza é indiscutível.
Além disso é um musical muito bom, as músicas são ótimas, de letras divertidas - os velhos relembrando o passado é a melhor.
Seus temas (cortesãs, aristocracia) são adultos.
Pegou fama injusta de supervalorizad
Musical com músicas pouco inspiradas. Torna-se menos desagradável se considerarmos a sátira absurda (apesar de meio doentia) ao casamento. No mais, a personagem Gigi e sua construção dúbia e confusa são os elementos que mais parecem deslocados.
Se não bastasse a trama ser absolutamente insossa, os números musicais são ridículos, me parece até feito com preguiça. Só foram inspirados na direção de arte e figurinos, mas nada que o torna menos do que horroroso e com péssimas mensagens.
Três destaques positivos: figurino, direção de arte e a canção I remember Well, de resto um musical odioso, com números fraquinhos de dar dó, roteiro piegas e cafona além de uma apologia um tanto perturbadora à pedofilia.
Sem brilho, talvez vale a pena pela cafonice geral do filme, quase cômica, mas falta uma dança, algo especial. Percebe-se o envelhecimento do filme em diversos momentos e Maurice Chevalier cantando "Thank Heaven for Little Girls" é bizarramente pedófilo.