Mais uma tentativa falha de dar prosseguimento ao universo de O Exorcista, pois tudo é tão exagerado, superficial e genérico que fica difícil levar esse material a sério. O que ele tem de bom vem do material da versão do diretor Paul Schrader, fora isso pouca coisa sobra.
Ainda que não tenha atendido as expectativas sobre mostrar os eventos que antecedem aos da obra prima original de 1973, "O Início" é um filme de terror mais "tradicional", seja no uso de jumps scaries, da violência gráfica ou da trama mais acessível. A bela fotografia de Vittorio Storaro, a eficiente trilha sonora de Trevor Rabin e a boa atuação de Stellan Skarsgard são destaques. Porém, o uso de efeitos visuais artificiais para tornar tudo "maior", é apenas uma distração desnecessária.
De anos em anos a Warner se aproveita da fama do clássico O Exorcista I para lançar alguma continuação comercial dele. E o resultado tem sido desastroso. Está prequela não foge à sina. Pelo menos a produção é menos pior e tem a bela Izabella Scorupco.
Toda a primeira metade é absolutamente inútil, uma verdadeira enrolação. Na verdade, o clímax é o duelo do padre com o demônio perto do fim, cerca de 10 minutos eletrizantes. Mas não faz jus ao clássico de Friedkin.