Lindsay Lohan já foi uma "adolescente em crise”, talvez por essa razão, nesses últimos anos ela optou por se mostrar uma adulta inconsequente.
Após seus desvarios alcóolicos, tendo como efeito inúmeros escândalos sociais, Lindsay parece não ter mais alternativa quando escolhe seus filmes. É um fracasso seguido de outro, sempre marcado por películas de baixo orçamento e direção inexperiente.
A jovem hoje, fisicamente mais magra e menos bonita – resultado de uma vida desregrada –, perdeu sua imagem “cuti cuti” de quando estrelava filmes produzidos pela Disney.
Em relação a isso, só posso dizer: “Lindsay Lohan não é mais aquela, olha a cara dela...”. A paráfrase perfeita pra definir a atual condição da carreira da loirinha.
Está certo que o intuito do comentário é falar sobre o mais novo filme de Lindsay, mas é necessário ter um mero vislumbre de sua vida pessoal, para entendermos o porquê de sua decaída na profissão.
Bom, o título do longa é uma tradução espertinha, mas nada original: “Meu trabalho é um parto” (Labor pains, 2009).
O roteiro conta a estória de Thea, uma jovem que a se ver ameaçada pelo desemprego na editora em que trabalha, inventa para seu chefe que está grávida, visando à idéia de não ser despedida devido a sua condição de “gestante”. Porém, sem pensar no que isso acarretará, ela mantém a farsa e passa a tirar proveito da situação em todos os sentidos.
Pra começar, o filme é uma bomba! Pois é, não há termo mais apropriado que este para definir esta produção. A estória é fraca, mal desenvolvida e muito sem graça. Quase a mesma descrição do desempenho sofrível de Lindsay no papel principal.
Tudo bem que ela nunca foi referência no quesito atuação, mas nota-se facilmente seu constrangimento ao representar à personagem que, mais deslocada impossível!
E mesmo tendo uma premissa aparentemente interessante, infelizmente, por conta da direção preguiçosa, tudo se tornou extremamente parco, pra não dizer, medíocre.
Os diálogos são superficiais, a fotografia e a arte nada inspiradas, e o elenco secundário não serve nem como suporte. Sendo assim resta somente Lindsay para carregar o filme, o problema é que ela não tem mais carisma pra isso.
A atriz Cheryl Hines, pouco aproveitada aqui, começa bem com sua presença ligeiramente divertida de personagem coadjuvante, no entanto, sem mais nem menos sua participação se torna esporádica, limitando-se a proferir falas sem importância.
As cenas, então, sob condição muito pior, destacam-se pelo aspecto amador e pela falta de agilidade em sua composição. Isso porque o posicionamento da câmera parece estar estagnado, filmando sempre o mesmo ângulo dos atores, como se estivessem em um episódio de sitcom – com exceção de uma tomada rápida no final feita pelo recurso de uma grua muito mal direcionada, o que também é uma informação irrelevante.
Entre tantos problemas técnicos e estruturais, como a trilha sonora quase nula e de baixo volume que deixa tudo ainda mais monótono, o filme simplesmente se arrasta e não atinge um ponto alto sequer.
E como se não bastasse, o desfecho se diverge em mais uma trama do subgênero romântico, que tenta utilizar a comicidade como distração, para culminar em mais um amor adocicado, manipulado e sem química. Pode até se dizer que este era o detalhe que faltava para tornar o enredo ainda mais debilitado.
Agora, pra piorar (!!!), nos momentos finais o roteiro tende a trazer alguns resquícios de drama, o que é óbvio à tentativa frustrada, se nem mesmo a comédia, que deveria naturalmente estar inserida à estória, funciona aqui.
Sem mais, “Meu trabalho é um parto” se conclui de forma ingênua, clichê e com todas as limitações imagináveis, entrando aí para o ranking dos fracassos cinematográficos de Lindsay Lohan, conseguindo superar até mesmo o terrível “Eu sei quem me matou”.
Depois disso só posso dar um conselho: prefira entrar em trabalho de parto a assistir este filme.
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