A maior pretensão de "Os Estranhos" foi tentar passar a imagem (descarada e enganosa) por meio de seus créditos que o filme é baseado em fatos reais. No mais o filme só tem um único objetivo: tentar atrair a atenção do público.
Menos mal já que pra isso, parece não importar que aspectos importantes passem desapercebidos.
Um roteiro simples que cai no desgaste devido as inúmeras películas similares, apresenta um casal, interpretado por Liv Tyler e Scott Speedman.
O casal chegam de uma festa, numa casa aparentemente comprada para férias, a qual pertence ao pai de James, personagem de Scott. Ambos frustrados com o desconcertante fato de ter havido um pedido de casamento por parte de James o qual não foi aceito por Kristen (Liv), eles discutem o rumo de suas vidas. Logo, de forma bem objetiva, começam a ser importunados por uma estranha garota do outro lado de sua porta questionando a presença de alguém ali, que eles desconhecem.
O clima que muitos descrevem como realista e tenso, eu apresento como monótono e longo (por mais que a duração sejam míseros 85 minutos).
O filme erra em deixar esperar tanto para começar o clima de suspense, afinal, só temos, à princípio, dois personagens que, por sinal, estão tão chateados que quase optam pelo silêncio total. Ou seja, nada interessante.
Quando Kristen (Liv) fica sozinha, começam as aparições de figuras estranhas na casa. Um homem, uma mulher e a tal jovem da porta, com máscaras assustadoras, aterrorizando a personagem de Liv Tyler, entrando e saindo da casa sem que se possa impedir.
O evidente objetivo, por parte dos estranhos, de assustar a vítima antes de tentar qualquer coisa, dá lugar aos clichês que tomam conta da situação.
Na realidade não há como saber ao certo qual será a reação de uma pessoa ao se deparar com tal situação da personagen de Liv, então o diretor Bryan Bertino opta pelo comportamento batido da "mocinha" que começa por desespero agir insanamente, saindo da casa e protagonizando cenas risíveis em tentativas previsíves de escapar.
"Os estranhos" não apresenta nenhuma novidade. O final quase padrão do momento (vi um igualzinho recentemente em "Violência gratuíta") só irrita.
O pior é ver que o filme ficou sobre o encargo de Liv Tyler, que apesar de não estar ruím, não tem carisma suficiente para atrair atenção à trama.
Agora, algo quase cômico é ver Scott Speedman numa tentativa infeliz de transmitir tensão.
A atmosfera aterrorizante que se tenta criar com Liv sendo cercada por estranhos mascarados, que não se sabe nada deles, nem sequer vemos seus rostos, é frustrada pelo sensação de "deja vu" barato que há nessa película.
Totalmente fraco e exaustivamente explorado, o tema cai no fiasco.
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