O requinte visual de Zack Snyder e os resquícios da verossimilhança de Nolan garantem um retorno maduro do Superman às telonas, com uma introdução competente do que será o futuro do super-herói no cinema.
A primeira parte do filme acontece em Krypton, explorando o planeta de uma forma nunca feita antes, onde a importância de Jor-El e General Zod é logo apresentada ao espectador. Quando a nave que carrega Kal-El ainda bebê é enviada à Terra, o filme dá um salto temporal e, logo em seguida, já vemos o protagonista em sua fase adulta como Clark Kent. A infância e juventude do personagem são mostradas apenas através de flashbacks — recurso muito bem utilizado, proporcionando momentos emocionantes, como a despedida de seu pai, Jonathan Kent. Essa primeira parte é a história conhecida do Homem de Aço, a partir daí os acontecimentos giram em torno da chegada de General Zod e seus oficiais à Terra, e fica difícil entrar em detalhas sem soltar spoilers.
Para quem gosta de ver pancadaria no cinema, o filme é um prato cheio, com cenas de ação que deixariam até Michael Bay com inveja — pode não parecer, mas é um elogio, já que não teria como ser melhor, se tratando de uma luta entre seres tão poderosos. A luta principal, entre Superman e General Zod, culmina em uma cena onde talvez esteja a participação de Nolan, ao tentar humanizar o herói. A cena pode gerar controvérsias, mas o fato é que se trata de um dos melhores momentos do filme.
“Man of Steel” não está isento de falhas, mas elas passam quase que despercebidas e o que merece destaque são suas qualidades, como a produção impecável, o roteiro bem estruturado, os incríveis efeitos visuais, a bela fotografia, a sensacional trilha sonora de Hans Zimmer e a ótima direção de Zack Snyder. O elenco também está excelente, Henry Cavill se mostra carismático e competente para o papel principal, Michael Shannon cria um vilão empolgante e todos os outros atores estão bem em suas interpretações.
O filme é perfeito no que se propõe: um bom divertimento e uma reconstrução adequada do super-herói para o século XXI. E, se esse foi o “Batman Begins” do Superman, mal posso esperar pelo seu “The Dark Knight”.
O texto está bom, mas vale a pena investir mais nos aspectos do filme. Muita coisa importante ficou pra escanteio, e mereciam um destaque bem maior. Foi um bom começo, mas tente desenvolver mais os argumentos!
Henry Cavill carismático? kk, discordo principalmente nesse ponto.
Obrigado, Thiago. Escrevi o texto com pressa, então concordo que realmente deixei muita coisa importante de fora.