Existem filmes que no minuto em que acaba, são completamente esquecidos, outros ficam em sua memória pelo resto da vida, Ensina-me a viver se encaixa na segunda descrição. O filme traz em si, um humor negro afiadíssimo e um clima extremamente agradável, ao final do filme, não existe como não pensar na grandeza da vida e seu inevitável final, a morte.
No filme, Harold é um jovem com hábitos estranhos, desde simular suicídios para chamar a atenção de sua mãe, a passar suas tardes indo a velórios, assim mostrando sua fixação com a morte, um dia conhece Maude, uma senhora com seu próprio jeito de viver, que acaba por dar uma nova perspectiva a ele.
Desde o começo nota-se que Harold não tem motivação para viver, ele aparenta estar perdido, e assim acaba por fixar-se na morte, indo a funerais de pessoas aleatórias e encenando suicídios para chamar a atenção da única pessoa que poderia ajudá-lo a continuar vivendo, sua mãe, que o ignora e somente se preocupa com suas próprias vontades.
Maude é completamente diferente de Harold, é impulsiva, alegre e sempre vê o lado positivo de tudo. Quando os dois se encontram, ele aparenta ficar perplexo pelo estilo de vida dela, mas com o passar do tempo, se encanta pelo jeito que ela encara a vida, seu e assim, surge um outro rapaz, alguém curioso, que mal consegue segurar o sorriso estampado em seu rosto a cada pequena novidade.
O elenco está afiadíssimo, Bud Cort consegue passar o jeito estranho com que Harold vê a vida e depois a fascinação que a mesma começa a exercer sobre ele. Ruth Gordon para mim é o destaque do filme, a forma com que ela atua, é incrível, consegue passar toda a experiência e inocência de sua personagem.
Ensina-me a viver é um belíssimo filme, sua mensagem sobre a vida dificilmente passará batida a quem assiste, é um filme para ver e rever, quantas vezes for possível.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário