Gus Van Sant sempre esteve envolvido em filmes com grandes criticas sociais, em Elefante, Gus mostra ha hipocrisia e negligenciação que os adolescentes sofrem por parte dos próprios pais, da sociedade e do próprio ensino escolar em que estão envolvidos. Em Gênio indomável ele critica de forma maravilhosa a manipulação do individuo pela sociedade, que faz com que o mesmo tenha que ter uma vida banal a procura de reconhecimento de outros e de dinheiro. E em Milk – A Voz Da Igualdade Gus critica, mais uma vez, a sociedade, dessa vez a critica é bem mais óbvia, mas não menos importante ou forte, a Homossexualidade. O Filme foi idolatrado pela critica e pela academia, sendo indicado a oito Oscars e ganhando dois deles, Melhor ator e Roteiro Original.
A história segue Harvey Milk (Sean Penn), um homossexual que no inicio dos anos setenta decide viver em São Francisco com seu namorado Scott (James Franco), iniciando uma modesta loja de revelação de fotografias, ele então começa a ser julgado por moradores do bairro. Não aceitando mais a violência e o preconceito que os homossexuais sofrem Milk decidi tomar alguma providencia e começa a tentar entra na política para buscar os direitos iguais.
O filme conta com um elenco fenomenal, Sean Penn entrega uma de suas melhores atuações, atuação que lhe rendeu o seu segundo Oscar, o primeiro foi em Sobre Meninos e Lobos que é, ainda, uma atuação superior. Temos também o sempre ótimo e sempre subestimado James Franco, que ultimamente tem ganhado um bom espaço na indústria cinematográfica e ainda temos Josh Brolin, que foi indicado ao Oscar por seu desempenho e se mostra um ator muito competente tendo o papel mais difícil do filme. O elenco conta ainda com grandes nomes como Emile Hirsch, Diego Luna, Alison Pill, Victor Garber e outros.
A direção de Gus Van Sant é bem criativa e que junto com sua direção de atores deixa o filme muito mais emocionante, ele recebeu sua segunda indicação ao Oscar por ela. Algo muito interessante de analisarmos é que em sua carreira o estilo de direção nunca foi o mesmo, é difícil, pra não dizer impossível, reconhecer um filme de Sant pela sua direção sem já sabermos antes que foi ele quem o dirigiu, mais o estilo de roteiro de seus filmes (ate os que ele não roteirizou) são muitos iguais, felicidade, juventude, rebeldia, amor, amizade e simplicidade são temas muito abordados nos filmes de Sant, que é em minha opinião um dos melhores diretores da década de 90 e da 00, sendo elefante o ápice de seu trabalho como diretor.
O filme ainda nos mostra um roteiro maravilhoso, que nós faz ter vontade de lutar junto com Milk por um mundo melhor e mais justo, e nós levando a emoção muitas vezes, principalmente em seu final aonde a esperança de um mundo melhor é ao mesmo tempo abalada e fortalecida por Milk, que merece ser lembrado como um lutador e um revolucionário, que conseguiu melhorar o mundo em que vivia e não se acovardou com as injustiças que sofreu se opondo a sociedade e a igreja preconceituosa, lutou pela liberdade e pelo direito do amor, independente com quem seja, e que acima de tudo foi um homem assim como qualquer outro.
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