Doce Novembro pontua sua história com uma temática interessante, todavia "queimada" por certos filmes que abusam do damatrismo. A efemeridade do tempo sob o ponto de vista amoroso tem uma versão mais medíocre (isso tratando-se de cinema contemporâneo) em "Um Amor pra Recordar", na contramão deste, Doce Novembro noz faz refletir sob uma série de importantes tramas de nossa vida, estando nós apaixonados ou não. Aí esta o moralismo chato de tantas comédias românticas de Hollywood? Até as novelas da Globo conseguem fazer isso? Não sei, acredito que Doce Novembro acerta em sua deliciosa fluidez narrativa, além do desenvolvimento de cada personagem, suas decisões e deixando em aberto seus destinos, onde o final, já em Dezembro, não importa, o mais interessante já havia acontecido entre o casal Nelson (Keanu Reeves) e Sara (Charlize Theron ), antes, naquele "Doce Novembro".
A história conta que um famoso publicitário Nelson atrapalha uma moça, de passado obscuro (característica que permanece por boa parte da trama), Sara, em uma prova de Habilitação para motoristas. O que já mostra aí é que Nelson é daquele tipo de pessoa que não tempo suficiente nem pra ele mesmo e que tem de arrumar uma brecha até para fazer a prova de Habilitação. Nesse instante, para compessar o acontecido, Sara pede que Nelson more um mês com ela, para que ele possa aprender a aproveitar melhor sua vida. O que parecia uma piada transforma-se em um intenso romance que estenderá-se pelo mês de Novembro.
Como trata-se de uma refilmagem, podemos dizer que o resultado alcançado pelo diretor Pat O'Connor, manteve boa intensidade em sua trama, e embora, não se esqueça de clichetar algumas partes, as boas partes e sua boa direção de atores convence sobre o seu bom trabalho.
As atuações do canastrão do Keanu Reeves revesam-se em bons e maus momentos, mas sem dúvidas seu lugar é me Matrix, pronto, não me convenso que sua cara estática seja convincente para romances. Já Charlize Theron demostra-se bem dinâmica e realmente segura a barra no longa. Jason Isaacs faz um personagem interessante e engraçado, mostra boa desenvoltura nos dois "lados" de Chaz Watley, compondo corretamente sua atuação.
Tecnicamente o destaque negativo fica por conta de sua Trilha Sonora, não me convenceu. Tem uma boa Fotografia, além de que aEdição conseguiu acelerar o ritmo das passagens de cenas na hora em que precisavamos conhecer rapidamente ao menos o perfil dos personagens que chegavam na tela.
Enfim, Doce Novembro é um bom filme de assistir, tem boa narrativa, boa direção de atores e é um pouco diferente de muitas dessas comédias românticas descartáveis vindas de Hollywood, essa, apesar de alguns clichesinhos não passa batido.
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