Blade Runner - O Caçador de Andróides
Sinopse: Deckard (Harrison Ford) é um Blade Runner, um policial que caça e extermina replicantes, humanos criados artificialmente. Seu desejo é sair da corporação, mas tem que adiar sua decisão quando passa a procurar quatro novos da raça, que Deckard deve procurar em um ambiente sujo e hostil. A dúvida é: quem é realmente humano e quem pode ser replicante num lugar como este?
Blade Runner - O Caçador de Andróides é o tipo de ficção carregada de estilo própio e de belo visual, mas que é extremamente distante do espectador, seja nos personagens frios e mau explorados, seja no roteiro simplório e óbvio. Extremamente superestimada, a obra de Ridley Scott decepciona em vários quesitos, não cativa, é sonolenta, tem um estilo muito simples se comparado a outros ícones do gênero.
Inicialmente cabe salientar que Blade Runner carrega os anos 80 em tudo. É inegável que àquela época - os anos 70 igualmente - os Efeitos Especiais e a Direção de Arte dos filmes de ficção científica chegariam a um patamar satisfatório, digo mais, até mais do que os atuais, que de tão computadorizados acabam por se distanciar demais do público. Blade Runner, todavia, utiliza mais de enormes cenários, quiçá, inspirados no Expressionismo alemão, com Fotografia carregada em tons azuis e dourado que ao final tem um ótimo resultado. Igualmente à Direção de Arte, semelhante a de filmes como o Batman de Tim Burton e a Trilogia de Volta para o Futuro, ícones daquela década.
Blade Runner apresenta um futuro em que os replicantes(humanos criados artificialmente) são banidos do planeta, só que, de tão semelhantes aos humanos que são fica uma grande dúvida de quem realmente seria um replicante ou humano. Há uma ambiguidade nessa relação visto que, muitas vezes, acabam os replicantes tornando-se vítimas de nóis humanos, afinal, eles foram seres criados a partir de nossa ambição por conforto, etc., mas que acabaram "pagando o pato" por não aceitarem mais tal situação, uma forma de resistência puramente humana, então, mas que não tinha sido aceita pelos humanos, que passariam agora, a exterminar os replicantes.
Porém, Ridley Scott e os roteiristas Hampton Fancher e David Webb Peoples, que adaptaram a obra de Philip K. Dick, não conseguem formular com clareza às idéias, deixando margem para uma série de furos e conjecturas sem fim, além de que os personagens da trama não conseguem transmitir algo de concreto para que o espectador por ele possa torcer. Sem contar, que as atuações, principalmente Harrison Ford, não chegam a cativar-nos.
Não obstante, o filmes quase carece de Trilha Sonora, lembrando muito Alien - O oitavo passageiro, do mesmo diretor, só que aqui, não funciona, há um silêncio destoante do local, cheio de pessoas de várias etnias, inclusive essas pessoas, parecem não participar da obra de Scott, são meros marionetes que não opinam acerca do que os cerca.
Enfim, embora muito se fale sobre, Blade Runner não consegue cativar nem aos fãs do gênero tão vasto como a ficção-científica, falha em vários aspectos e, pior, trata de forma rasa questões que poderiam alçar o filme a vôos mais longos.
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