Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden, mais conhecido como Bin Laden, foi um notório terrorista internacional fundador e líder da organização terrorista al-Qaeda. Foi o responsável direto pelos atentados de 11 de setembro, em Nova York (EUA). Em 1 de maio de 2011, quase dez anos após os atentados, Bin Laden foi morto durante uma operação militar estadunidense em Abbottabad, no Oriente Médio. Bom, essa é a linha (quase) direta dos acontecimentos em que Zero Dark Thirty se baseia. O filme tem início no momento em que as equipes de inteligência dos EUA se estabelecem no Oriente Médio para encontrar milicianos locais próximos a Bin Laden e obter (a todo custo) informações que levem até ele. Uma dessas equipes de busca é liderada por Maya, interpretada maravilhosamente pela bela Jessica Chastain, que acaba tendo papel determinante na caçada ao terrorista mais procurado da história. Bigelow é adepta da slow motion tension, que consiste em criar momentos de emoção por escala, a tensão constante da qual os personagens estão inseridos é construída por cada semblante, cada mínimo detalhe no rosto que é retratado, isso tudo é reforçado pelos recursos técnicos presentes no longa, especialmente o design de produção e a fotografia. O roteiro original de Mark Boal também não fica para trás: Não se limitando a fazer uma releitura óbvia, esquemática de tais acontecimentos, adiciona personagens fictícios para fins dramáticos, assim enriquece o filme enquanto experiência cinematográfica, mas se mantém fiel ao tom que a própria história retratada exige do filme. Zero Dark ainda surpreende não só pela sua coragem e fidelidade na reconstituição desses importantes acontecimentos, mas também pelo seu estilo seco, "dedo na cara" sem medo de poder parecer muito "brucutu" ou politicamente incorreto. Tudo tem ambiguidade e desenvolvimento, o que impede que o filme seja uma peça política barata (armadilha fácil de cair num projeto desses). Desde a primeira cena, nós somos informados que estes não são criminosos comuns, as cenas de interrogatório, por vezes culminando em métodos extremos (hoje tidos como tortura pelas autoridades americanas) são executadas de forma crua e incrivelmente realista, nos levando a batida(mas nesse caso totalmente oportuna) reflexão: "Os fins justificam os meios?". Nutrimos desprezo pelos terroristas fanáticos, mas também ficamos cientes dos excessos(não só a já citada tortura) daqueles instados à caçá-los. Enfim, A Hora Mais Escura é aquele típico filme "importante" cheio de carga política que pode ser interpretado de várias formas dependendo da perspectiva de cada um, embora não seja para todos os gostos, e particularmente achei o terceiro ato um tanto aborrecido e escuro demais, a duração também é meio abusiva, com muitas cenas pra encher linguiça. Mas no geral, A Hora Mais Escura é um longa muito bem produzido, que até surpreende com seu estilo seco e politicamente incorreto, coisa rara na Hollywood hipersensível de hoje. Excelente!
Críticas
9,0
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