Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden, mais conhecido como Bin Laden, foi um notório terrorista internacional fundador e líder da organização(terrorista) al-Qaeda. Foi o responsável direto pelos atentados de 11 de setembro, nos EUA. Em 1 de maio de 2011, quase dez anos após os atentados, Bin Laden foi morto durante uma operação militar estadunidense em Abbottabad, no Oriente Médio. Bom, essa é a linha(quase) direta dos acontecimentos em que A Hora Mais Escura(Zero Dark Thirty, 2012, Kath Bigelow) se baseia. O filme tem início no momento em que as equipes de inteligência dos EUA se estabelecem no Oriente Médio para encontrar milicianos locais próximos a Bin Laden e obter(a todo custo) informações que levem até ele. Uma dessas equipes de busca é liderada por Maya, interpretada maravilhosamente pela bela Jessica Chastain, que acaba tendo papel determinante na caçada ao terrorista mais brutal da história. Bigelow é adepta do que nós cinéfilos chamamos de slow motion tension, que consiste em criar momentos de emoção por escala, a tensão constante da qual os personagens estão inseridos é construída por cada semblante, cada mínimo detalhe no rosto que é retratado, isso tudo é reforçado pelos recursos técnicos presentes no longa, especialmente a direção de arte. O roteiro original de Mark Boal também não fica para trás. Não se limitando a fazer uma releitura óbvia, esquemática de tais acontecimentos, adiciona personagens fictícios por fins dramáticos se mantendo porém fiel ao tom que a própria história exige do filme. Zero Dark ainda surpreende não só pela sua coragem temática, mas também por trazer uma abordagem crítica das ações do governo americano durante todo o processo de buscas, retrata de forma crua os métodos sórdidos utilizados pelos agentes do estado afim de atingir objetivos puramente políticos. Enfim, A Hora Mais Escura pode ser visto como uma grande ode a guerra ao terror insana patrocinada pelo ocidente, que mais almejava criminalizar uma fé e um povo, usurpando seus recursos naturais e intervindo em sua cultura, suas tradições. Mas, ao fim, talvez A Hora Mais Escura seja tão somente um longa brilhantemente escrito, dirigido e interpretado. Obra-prima!
Críticas
10,0
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