Alucinante, vertiginoso, hilariante, forte, violento,colossal,triste, furioso e apaixonante,são alguns dos adjetivos que vão passar pela sua cabeça ao terminar de assisrtir a película dirigida pelo genial Martin Scorsese.
O roteiro é impecável , escrito pelo próprio Scorsese e por Nicholas Pileggi, se baseia em uma história real sobre gangsters , o personagem Henry (Ray Liotta) narra sua participação e de seus amigos Tommy ( Pesci,que levou a estatueta de melhor ator coadjuvante, por sua performance marcante) e Jimmy ( De Niro ) dentro da máfia.
O filme percorre três décadas da vida dos personagens e é maravilhoso a maneira como Scorsese passeia pelo ''tempo'' durante a projeção, expõe a máfia e suas entranhas, nenhum detalhe escapa de sua câmera , o figurino é maravilhoso, paletável e coerente o filme inteiro, o cenário rico em todos detalhes, mostrando a esfumaçada
Nova York dos anos 60 ,70 e 80.
Os Bons companheiros é acachapante , a incursão do personagem de Ray Liotta na máfia é de um primor cinematográfico impressionante, uma aula de cinema e lógico divertimento incessante, com cenas incríveis , como de sua primeira prisão , onde a cúpula de mafiosos o espera após o julgamento, não para ''chorar'' por ele passar um tempo na prisão , mas sim pára parabenizá-lo por ir para prisão! Uma espécie de ritual de passagem onde todos ali reunidos tiveram de passar.
Os milaborantes assaltos protagonizados pela
'' trupe '', é um dos pontos altos do filme, os planos que Scorsese confere as tomadas são geniais seja na cena em que Pesci completamente frio, tira de seu encalço um ''colega''de trabalho ou nos passeios de câmera, os ângulos variam como uma ''montanha russa'' , a câmera sempre inquieta e ao mesmo tempo firme , ele é um gênio.
A violência brutal do filme, diga-se de passagem, nunca explícita, é marcante no filme e desconcertante por vezes, o realismo das cenas fazem um paralelo de mesma maneira crua às drogas, que compõem boa parte da trama;
a maneira acelerada com que Henry se envolve com o tráfico , o uso de cocaína , sua decadência e redenção é conduzido genialmente pelo diretor, aliás, a edição do filme também chama a atenção, ela é eletrizante e junto à espetacular trilha sonora do filme deixa cada frame, cada nuance mais inteligível e palpável, realmente contagiante.
Os bons companheiros reiventou os filmes de máfia, transcedeu os filmes policias e elevou Martin socrsese realmente a um status de
'' injustiçado ''pela academia que só viria reconher seu trabalho muto tempo depois em Os infiltrados.
Scorsese não ganhou um oscar de melhor diretor por Os bons Companheiros , desta vez,podemos dizer que nós , amantes do bom cinema, ganhamos algo, ele nos presenteou com um dos seus melhores filmes e talvez um dos melhores já feitos pela sétima arte.
Obrigado Martin
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