Ato de coragem, sem nenhuma sombra de dúvidas, é o típico filme feito na tentativa de apagar a flagrante falha da segurança nacional dos EUA diante do fatídico 11 de setembro e empurra goela abaixo do espectador a falsa certeza de que as forças armadas americanas são dignas de confiança total e certeza de sucesso absoluto em suas ações de pesquisa, análise e táticas de atuação em campo. Diante do exposto fica clara a presença de no mínimo uma das três forças armadas sendo que nesse caso figura a marinha.
Tendo-se noção das possibilidades de caminhos do filme é possível afirmar que, para quem gosta desse gênero ou quem procura apenas uma distração momentânea, sem dúvida nenhuma este é um prato cheio e muito saboroso; já para os mais exigentes o filme é um tanto quanto forçado e com muitas falhas.
Na tentativa de mostrar a realidade nua e crua de uma ação militar de sucesso, o filme que tem (e nesse caso só pode ter) como pano de fundo uma conspiração contra a segurança do povo norte americano, apresenta um argumento muito pouco explorado e nada original (a arma terrorista já apareceu em O Reino, estrelado por Jamie Foxx).
O filme não carrega nenhum ator de peso ou ainda de pequena expressão; uma turma pouco convincente tenta dar certa vida aos personagens quase vazios. Nas questões técnicas a coisa fica muito a desejar (principalmente se compará-lo ao O resgate do soldado Ryan – com Tom Hanks e Matt Damon). O filme chega a ser um documentário travestido de filme (o que faz lembrar-se de Contágio – com Kate Winslet, Laurence Fishbourne, Matt Damon, Jude Law).
Em resumo, Ato de coragem é um filme ótimo para os menos exigentes e um pouco ruim para os mais detalhistas.
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