Os filmes sobre cães estão mesmo evoluindo - e muito. Foram-se os tempos de cachorros jogadores de vôlei, falantes ou heróis. O agradável "Marley & Eu" aprofundou-se na relação de um casal - e posteriormente uma família - com um labrador. E agora "Sempre ao Seu Lado" nos emociona com uma linda história sobre, principalmente, a lealdade e amizade.
O enredo é até simples: o professor Parker Wilson (Richard Gere) encontra um pequeno akita perdido na estação de trem e leva-o consigo. No início sua mulher apresentou certa resistência em deixar o animal em casa, mas as coisas são como são e acabaram o adotando.
O cão, chamado de Hachi, logo torna-se completamente apaixonado pelo dono. Tanto que aprendeu sozinho, sem treino algum, a ir todos os dias na estação de trem para recepcioná-lo quando chegasse do trabalho.
Então veio a tragédia. O professor Parker morre. Hachi entra em profunda depressão e infelicidade, mas mesmo assim não desistiu de ir todos os dias religiosamente, faça chuva ou faça sol, até a estação com a esperança de rever o seu falecido dono.
Parece que a história torna-se ainda mais bela quando sabemos que tratam-se de eventos reais que ocorreram no Japão nos anos 20 e 30. As únicas diferenças é que trocaram o país pelos Estados Unidos e nos dias atuais. No Japão, hoje, existe uma estátua em homenagem ao cão, construída no exato ponto em que ele diariamente sentou, por 9 anos, para esperar a impossível volta de seu companheiro.
O filme de fato é DO cachorro. Há uma novidade aqui, utilizada vez ou outra durante a projeção: a visão do próprio Hashi, em preto e branco. Mesmo que não acrescente muita coisa, é interessante e inovador.
As atuações estão ótimas. Richard Gere parece estar se divertindo muitíssimo enquanto contra cena com o akita, que aliás também "atuou" muito bem, e naturalmente roubou a cena.
A trilha sonora, por sua vez, não é tão boa. Ela insiste em uma melodia triste de piano, incessável, mesmo nos momentos cômicos e felizes, como se estivesse tentando preparar o espectador para as tristíssimas situações que viriam à tona.
Entretanto isto não afeta a eficiência do filme. Ele é rápido e simples, mas capaz de tocar nossos corações e nos fazer refletir por algum tempo. Realmente emocionante. Ah, e não esqueça do lenço ou do rolo de papel quando assistí-lo.
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